Sem acordo sobre aposentadorias, comissão adia votação do
Orçamento
Centrais querem garantir negociação futura de
reajuste para aposentados.
Presidente da Comissão não descarta possibilidade de votação em 2012.
Sem acordo sobre
reajustes salariais, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) adiou para esta
quinta-feira (22) a votação do Orçamento de 2012. Aposentados que ganham acima
de um salário mínimo, liderados pelo presidente da Força Sindical, Paulo
Pereira da Silva (PDT-SP), reivindicam reajuste de 11,7% a partir de janeiro,
mas o texto elaborado pelo relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia
(PT-SP), não contempla o aumento pedido.
Segundo
o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), centrais sindicais e
líderes da base, em conjunto com o governo federal, tentam elaborar um
"texto de sinalização", que garanta a continuidade das negociações
sobre reajustes aos aposentados.
O texto possibilitaria,
segundo o senador, um acordo para votar o Orçamento na CMO e no plenário do
Congresso nesta quinta. "Vamos elaborar um texto de sinalização feito a
quatro mãos, que vai garantir a continuidade das negociações", disse. Ele
destacou que o texto não vai incluir reajustes.
Adiamento para 2012
Vital do Rêgo não descartou a possibilidade de votar o Orçamento apenas em 2012, mas disse que vai trabalhar para aprovar o texto ainda neste ano. "Há possibilidade de tudo acontecer. Temos de 9h até as 24h para votar o relatório do Arlindo na comissão e no Congresso. Tendo acordo dá para votar esse ano. Não tendo acordo, não dá", afirmou.
Vital do Rêgo não descartou a possibilidade de votar o Orçamento apenas em 2012, mas disse que vai trabalhar para aprovar o texto ainda neste ano. "Há possibilidade de tudo acontecer. Temos de 9h até as 24h para votar o relatório do Arlindo na comissão e no Congresso. Tendo acordo dá para votar esse ano. Não tendo acordo, não dá", afirmou.
Vital
do Rêgo, Paulo Pereira da Silva e o senador Paulo Paim (PT-RS) se reuniram na
noite desta quarta com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti,
para viabilizar um acordo.
"Hoje
vamos trabalhar a noite toda em busca de um entendimento com as bancadas. Não
deve interessar a ninguém deixar de votar o Orçamento. Vi isso claramente em
conversa com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e com a Ideli",
disse.
Para o senador, a falta de
recursos pode deixar o Brasil vulnerável diante da crise econômica. "Num
ano difícil como o de 2012 não se vive sem orçamento", afirmou.
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