Embraer promove sua imagem na China com
jato privado de Jackie Chan
O avião é decorado com linhas em vermelho e amarelo, as cores da China
A Embraer
deu um forte impulso a sua imagem na China, onde já produz aviões ERJ 145, com
a venda de um avião personalizado a Jackie Chan, um dos atores mais populares
do país. A nova aeronave de Chan (Chen Long, em mandarim) é um Legacy 650,
precisamente o modelo que a companhia pretende começar a desenvolver este ano
em Harbin, e foi apresentado esta semana na Asian Business Aviation Conference
& Exhibition de Xangai.
O avião,
decorado com linhas em vermelho e amarelo (as cores da China) que lembram
dragões, tem em sua cauda o logotipo do ator, que combina a palavra inglesa
"Jackie" com a chinesa "long" (dragão). A aeronave, que
também apresenta a inscrição "JC Jet", é uma espécie de carro-chefe à
hora de captar potenciais clientes no incipiente mercado chinês da aviação
privada, que, embora esteja em seus primeiros anos, já chama a atenção de toda
a indústria mundial.
O golpe
de efeito em poder contar com Jackie Chan como "embaixador" da marca
ajudou a fazer o avião "muito bem recebido" na feira de Xangai,
comentou à Agência Efe o vice-presidente de Operações da Embraer, Marco Túlio
Pellegrini. "Em particular, a autonomia de voo, a comodidade, o rendimento
e o custo operacional (do Legacy 650) foram os elementos que levaram Jackie
Chan a decidir-se pela compra desta aeronave, assim como pela própria marca
Embraer", avaliou.
A Embraer
vende na China desde 2000 e está presente no país com um escritório em Pequim e
uma empresa mista em Harbin desde 2002, onde agora depende de aprovação para
poder desenvolver também o Legacy 650 apresentado na feira de Xangai, junto a
outro de seus produtos emblemáticos, o Lineage 1000.
No total,
há por enquanto 110 aeronaves da companhia em operação na China, integradas nas
companhias aéreas do gigante asiático, em geral, para voos regionais, mas já
foram vendidos outros 18 jatos privados, dos quais três já foram entregues. A
cada ano a percentagem das vendas totais da Embraer na China "é muito
significativa, passa de dois dígitos, pode ser 10%, 20% ou 30%, depende do
ano", acrescentou Pellegrini.
Embora haja apenas cerca de 200
aviões privados registrados em todo o país, a "China continua crescendo e,
sem dúvida nenhuma", se transformará em um dos maiores mercados do mundo,
comparável a EUA e União Europeia (UE), previu o executivo.
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