Paralisação deixa mais de 80 postos sem combustível
em SP, diz sindicato
Caminhoneiros
pararam abastecimento desde segunda.
Eles protestam contra restrições na Marginal Tietê.
Eles protestam contra restrições na Marginal Tietê.
Oitenta e quatro postos de combustíveis da cidade de São
Paulo estavam com todas as suas
bombas de abastecimento vazias no início desta quarta-feira (7), terceiro dia
de paralisação dos motoristas de caminhões-tanque na cidade. A informação é do
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo
(Sincopetro), entidade que representa todos os postos de gasolina situados na
cidade de São
Paulo. Segundo o Sincopetro, a capital paulista tem cerca de 2 mil postos. Os motoristas protestam contra a restrição ao tráfego de veículos pesados na Marginal Tietê.
Paulo. Segundo o Sincopetro, a capital paulista tem cerca de 2 mil postos. Os motoristas protestam contra a restrição ao tráfego de veículos pesados na Marginal Tietê.
Em entrevista ao Bom Dia São Paulo desta
quarta, o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, disse que os
problemas de abastecimento devem durar mais cinco ou seis dias. A recomendação
dele é que os motoristas controlem o uso de combustíveis.
Caminhões estão proibidos na via das 5h às 9h
e das 17h às 22h de segunda a sexta e das 10h às 14h aos sábados. A categoria
alega que a proibição inviabiliza o trabalho dos motoristas. Nesta terça-feira
(6), a Polícia Militar iniciou a realização de escoltas para os veículos que
deixam as distribuidoras para abastecer serviços essenciais, como aeroportos.
Um gabinete de gerenciamento de crise foi
acionado para monitorar a situação e coordenar essas escoltas. Segundo o major
Marcel Soffner, porta-voz da PM, mesmo com a garantia de escoltas havia a
resistência dos proprietários de caminhões em deixar os pátios das
distribuidoras.
Nesta terça, a Justiça de São Paulo determinou a retomada
da distribuição dos combustíveis. Se a ordem não for cumprida, cada sindicato
terá que pagar multa de R$ 1 milhão por dia. O juiz Emilio Migliano Neto, da 7ª
Vara da Fazenda Pública, concedeu medida liminar determinando que os sindicatos
suspeitos de promover ações com o objetivo de impedir a distribuição de
combustível em postos de gasolina da capital paulista retomem a normalidade dos
serviços.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,
afirmou que o protesto de motoristas de caminhões é "chantagem".
"Eles sabiam há mais de um ano que ia chegar esse dia", afirmou
Kassab, que citou a construção do Rodoanel como uma alternativa de caminho.
A falta de abastecimento gerou longas filas
nos postos que ainda tinham combustíveis ao longo desta terça. A Fundação de
Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo informou que irá
investigar as denúncias de aumento abusivo de preços de combustíveis na capital
paulista por conta do protesto dos motoristas. Alguns postos da cidade
registravam falta de álcool e gasolina nas bombas de abastecimento.
Várias cidades da Grande São Paulo também
registravam falta de combustíveis nos postos na noite desta terça. Em Mogi das
Cruzes, os motoristas precisavam rodar bastante antes de conseguir encher o
tanque. Itaquaquecetuba também começou a apresentar problemas.
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