Tempestade solar chega à Terra hoje e pode afetar
equipamentos
Fenômeno é gigantesca nuvem de
partículas expelidas pelo Sol.
Fenômeno pode afetar comunicação, rede elétrica,
transporte aéreo e GPS.
Uma
forte tempestade geomagnética originária do Sol deve chegar nesta quinta-feira
(8) à Terra. O fenômeno pode afetar redes elétricas, transportes aéreos e
aparelhos de GPS e de comunicações, segundo especialistas norte-americanos.
A tempestade - uma gigantesca nuvem de partículas expelidas pelo
Sol a cerca de 7,2 milhões km/h - foi provocada por duas erupções solares, de
acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase
seis anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph
Kunches, um meteorologista espacial que trabalha na Administração Nacional
Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos
quais dois já estão afetando a Terra.
Primeiro,
duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da luz, chegaram à Terra,
na noite de terça-feira (6). Elas podem afetar transmissões de rádio.
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira (7), o
campo magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo,
especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas espaciais
também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa
coronal - que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar
na manhã de quinta à Terra.
Imagem fornecida pela Nasa mostra ‘labareda’ solar já em direção à Terra. (Foto: Nasa / AP Photo)
Essa
fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites, GPSs de alta
precisão usados em operações petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas.
O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo
Doug Biesiecker, da NOAA.
Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode
se antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior, que
saiu do Sol no domingo (4) e está atualmente castigando a magnetosfera
terrestre. “Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às
vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em chegar
aqui”, disse Kunches.
As tempestades podem produzir auroras polares. No Hemisfério
Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em Nova York.
Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade
ascendente no seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.
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