Defesa Civil registra ocorrências de chuva em Volta
Redonda
Pouco
mais de uma hora de chuva. O tempo foi o suficiente para causar danos na tarde
de hoje (11). Acompanhada de ventos fortes e pedras de granizo, a chuva causou
alagamentos, destelhamento de casas, quedas de árvores e galhos, e deixou
bairros inteiros sem energia elétrica.
No Açude
I, moradores perderam móveis, roupas e outros pertences, devido à quebra de
telhas. Na casa do aposentado Geraldo Firminiano dos Santos, na Servidão Boa
Vista, vivem noves pessoas - entre a mulher, filhos, netos e genros. Lá, os
quartos ficaram totalmente destelhados. A chuva alagou os cômodos, fazendo com
que a geladeira e o aparelho de DVD, entre outros eletrodomésticos, fossem
queimados.
- Eu
perdi tudo, não tenho para onde ir. Se não tivesse tirado minha filha do quarto
a tempo, ela teria morrido quando a telha caiu. Eu acho que nada de ruim pode
me acontecer este ano de 2012 - falou, bastante emocionado.
O
aposentado contou que vive no local há dez anos e nunca tinha presenciado fato
parecido. Sem poder ficar na casa, Geraldo Firminiano disse que procuraria
abrigo em casas de parentes e vizinhos:
- Não dá
para passar a noite aqui. Temos crianças e até um bebê de seis meses.
Se na
casa de Geraldo Firminiano o primeiro destelhamento surpreendeu a toda a
família, o susto também foi grande na casa de Helenice Paulino, que ficou sem
as telhas pela segunda vez. Segundo a moradora, com a chuva e a ventania que
seguiu, as telhas começaram a cair. E ela teve que agir rápido para que nada
acontecesse aos netos.
- Quando
eu vi que as telhas estavam sendo levadas peguei meus netos e saí correndo. Se
eu não tivesse feito isso, com certeza, as crianças teriam se machucado -
relatou a moradora, mostrando os arranhões causados pelo trabalho de tirar as
telhas do caminho, após a chuva.
Próximo
dali, uma casa ficou completamente sem as telhas. De acordo com os vizinhos, a
dona da casa, identificada como Neuza Maria, teria viajado no sábado e trancado
o lugar. Os moradores não conseguiram ajudar a salvar os objetos da casa.
Todo o
trabalho dos moradores foi feito às escuras, já que o local ficou sem energia
elétrica. Além do Açude, também ficaram sem luz os bairros Padre Josimo,
Belmonte, Siderlândia e o final do Retiro.
Telhas
chegaram a voar
De acordo
com o coordenador da Defesa Civil, major Rodrigo Ibiapina, as ocorrências de
queda de galhos de árvores foram pela cidade inteira. No bairro Retiro, a Rua
Antônio de Almeida ficou alagada em um trecho de 300 metros e causou
transtornos. Ainda na região do Retiro, também choveu granizo, com pedras grandes.
E telhas chegaram a voar, devido à força do vento.
No bairro
Aterrado, ruas ficaram alagadas por poucos minutos, próximo ao
Estádio da Cidadania. Por volta das 16h, choveu granizo durante 15 minutos. As
pedras eram muito grandes e os motoristas tentaram abrigar seus carros sob
viadutos e marquises. Muitos veículos chegaram a ficar com marcas das pedras.
O campo
do estádio, que receberia o jogo Voltaço x Bonsucesso, às 16h, ficou
completamente alagado e a partida só pode ser iniciada às 17h.
Na Vila Santa
Cecília, próximo ao Colégio Manoel Marinho, na Avenida dos
Trabalhadores, a pista ficou bastante alagada e os carros foram obrigados
a seguir pela contramão. Outras ruas também registraram
"bolsões" de água. Os bairros Jardim Amália I e II, Jardim Normandia
e Jardim Belvedere também registraram chuva de granizo.
A água
baixou por volta das 17h, na maioria dos bairros, e a passagem de veículos
e pedestres foi normalizada.
No bairro
Açude 4, a Defesa Civil socorreu o desabamento parcial de uma casa de madeira,
causado pelo vento. No bairro há uma rua onde mais de dez casas ficaram
destelhadas. Outros destelhamentos foram constatados no Conforto e Padre
Josimo. No mesmo bairro e também no Açude 4 e Belo Horizonte, foram registradas
quedas de árvores.
Segundo o
major Ibiapina, nenhum córrego ou rio chegou a sair do leito. Também não foi
registrado deslizamento de terra nem caso com vítima.
O
coordenador da Defesa Civil explicou ainda que todas as ocorrências começaram a
ser atendidas logo à tarde, iniciando pelas prioridades, como locais com risco
de desabamento e de queda de árvores inteiras. Com o anoitecer, as providências
tiveram que ser reduzidas.
As casas
destelhadas que não foram atendidas pela Defesa Civil ainda serão visitadas. De
acordo com o major Ibiapina, nessa situação, é necessária uma visita técnica
para verificar se não há abalo na estrutura da construção.
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