Exportações de carne suína crescem 18,71% em maio, para
53.404 t
São Paulo, 12 - A exportação brasileira de carne suína
apresentou crescimento de 18,71% no mês de maio, para 53.404 toneladas, em
comparação com o mesmo mês do ano passado (44.988 toneladas). Em receita
cambial, o aumento foi de 9,27%, para US$ 138,4 milhões ante US$ 126,645
milhões em maio de 2011, conforme levantamento da Associação Brasileira da
Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), divulgado nesta
terça-feira.
No acumulado do ano, o aumento nas vendas externas em
volume foi de 5,03% (224.870 toneladas), na comparação com os cinco primeiros
meses de 2011. Houve uma queda de 0,72% em receita, para US$ 579 milhões. O
valor médio por tonelada de carne suína caiu um pouco: 5,47% no período, para
US$ 2.575. Em maio, a queda do preço médio foi compensada pela desvalorização
do real.
Em comunicado, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo
Neto, informou que o bom desempenho das exportações, em maio e no acumulado do
ano, é um fato positivo e se deve principalmente ao esforço das empresas
exportadoras, apesar do embargo russo, que já completa um ano, e da quase
paralisação das vendas para a Argentina.
Para a Rússia, as vendas caíram 12,45% em maio (13.814
toneladas) e 17,58% em valor (US$ 41,49 milhões), na comparação com o mesmo
período de 2011. De janeiro a maio, a queda atingiu 47,50% em volume e 48,62%
em receita (US$ 134,40 milhões), também em relação ao acumulado do ano em 2011.
O declínio nas exportações para a Rússia foi menor, em maio, em relação a
abril, diante do aumento do número de estabelecimentos habilitados a exportar
para aquele mercado. Camargo Neto salienta, porém, que nenhuma empresa dos três
Estados embargados (Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso) foi autorizada a
vender para a Rússia. O presidente da Abipecs considerou tratar-se de
discriminação.
O destaque negativo fica com a Argentina, para onde
foram exportadas apenas 94 toneladas em maio, apesar do alardeado esforço do
governo federal, diz Camargo Neto. No mês passado, as vendas para a Argentina
foram drasticamente reduzidas, em relação a igual período de 2011. Foram
vendidas 94 toneladas. O faturamento foi de US$ 195 mil. De janeiro a maio, a
queda nas vendas para o mercado vizinho atingiu 64,76% em volume e 62,28% em
receita, na comparação com os cinco primeiros meses de 2011.
Os principais mercados compradores da carne suína
brasileira, no acumulado do ano, foram Hong Kong (55.966 mil t), com uma
participação de 24,89%; Ucrânia, com 23,50% (52.848 t); Rússia, 19,61% (44.108
t); Angola, 6,79% (15.270 t); Cingapura, 5,08% (11.433 t).
Em maio, os principais destinos foram Ucrânia, Rússia,
Hong Kong, Angola e Uruguai. O Brasil vendeu para o mercado da Ucrânia quase
220% a mais, em maio, em relação a igual período de 2011. No acumulado do ano,
o aumento foi ainda mais expressivo - 259,64% em toneladas (52.848 t) e 215,90%
em receita (US$ 138,76 milhões).
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