Siderúrgica pagará US$ 25 mi a
ex-funcionário por discriminação racial
A
companhia siderúrgica ArcelorMittal terá de pagar US$ 25 milhões de indenização
a um ex-funcionário da fábrica da cidade de Lackawanna (Nova York) por
discriminação racial durante anos, publicou nesta quarta-feira o jornal Buffalo News.
Elijah
Turley, um afro-americano que trabalhou para a gigante do aço entre 2005 e
2008, receberá a quantia após o júri encarregado do caso decidir por
unanimidade considerar a empresa como responsável pela cultura de discriminação
racial que se instaurou na fábrica.
Durante o
julgamento de três semanas, Turley declarou ter sofrido assédio dos colegas de
trabalho, que, segundo ele, o chamavam de "macaco". Afirmou que uma
vez chegou a encontrar um macaco de pelúcia pendurando do espelho retrovisor de
seu automóvel.
"É
absolutamente impactante que um caso como este esteja nos tribunais em
2012", disse em suas alegações finais o advogado do trabalhador, Ryan
Mills, para quem a situação "deveria ser vista como atroz e intolerável em
uma sociedade civilizada".
Turley
revelou também durante o julgamento que, numa ocasião, encontrou dizeres
pichados alusivos ao Ku Klux Klan (grupo americano que prega o racismo) nas
paredes da fábrica onde trabalhou durante 14 anos.
Após conhecer a sentença, a
ArcelorMittal emitiu um comunicado de imprensa no qual garantiu que a empresa
adota a política de "tolerância zero" à discriminação e ao assédio, e
deixou entrever a possibilidade de recorrer da sentença. "Estamos
surpresos pela decisão de hoje. Consideramos a multa excessiva",
acrescentou a nota da empresa.
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