quarta-feira, 20 de junho de 2012

ESPIRITUALISMO


Você é médium?



O codificador do Espiritismo, Allan Kardec (1804–1869), definiu: 'todo aquele que sente em um grau qualquer influência dos espíritos é, por esse fato, médium'. Ele é o porta-voz de um mundo que as pessoas desejam que exista. Isso ocorre porque a ciência deixa de satisfazer ou atender a uma necessidade emocional. É, portanto, um canal de alívio para muitas aflições.

O que é mediunidade?

É a capacidade de comunicação entre homens e espíritos. Ela não escolhe credo, raça ou condição social, é universal. Médiuns são encontrados na religião espírita, no catolicismo e, não raro, em outras religiões que seguem normas mais rígidas.

A mediunidade existe?

O físico francês Patrick Druot, diplomado em Física pela Universidade de Columbia, afirma: 'não é possível dizer que a mediunidade não existe. A ciência sabe como o cérebro funciona quimicamente, mas ainda não conhece o que faz o cérebro funcionar nos casos mediúnicos'. Conclui-se que a mediunidade não pode se vista apenas como algo religioso, mas um atributo biológico.

Como ocorre a mediunidade?

O médium é capaz de produzir uma atração magnética e, como um imã, captar o campo áurico de uma pessoa que já morreu. Ele é uma ponte entre vivos e espíritos e experimenta fenômenos que desafiam a ciência. Toda pessoa que é dotado de intuição e sensibilidade exerce sua faculdade mediúnica.

Qual são os sinais da mediunidade?

Por ser mais sensível do que os outros, o médium tem com maior frequência flutuações de humor, além de vivenciar situações estranhas e aflitivas. O primeiro sintoma da mediunidade é a facilidade de captar energias em um determinado local. O médium sente dores de cabeça quando está em um lugar público, torna-se irritadiço por qualquer motivo e tem dificuldades no convívio com a família, chegando a pensar que ninguém o entende. Todos esses sinais podem ser ou não acompanhados por incorporações mediúnicas que ocorrem de modo consciente (98%) ou inconsciente (2%).

Ser consciente ou não?

Quanto maior for o espírito de luz que está auxiliando o trabalho do médium, maior será o seu nível de consciência. Caso ocorra, a incorporação deve ocorrer de maneira suave e harmônica, sendo o médium um portador de palavras de amor.

Como começa a incorporação?

O médium se harmoniza, fecha seus olhos e faz uma oração. Sua mente é apaziguada (meditação) para que, depois de alguns minutos, ocorram os arrepios, o calor, a aceleração dos batimentos cardíacos, alguns movimentos involuntários e a sensação de outra energia ao seu redor.

Como podemos saber se o espírito, através do médium, fala a verdade?

Das comunicações dos médiuns e espíritos, é importante que se guarde apenas o que existe de belo e o que a sua consciência aprove. Para saber se um espírito fala a verdade, temos sempre que recorrer ao nosso juízo para apreciar, pois existem sinais que permitirão descobrir até mesmo a mais simples falha.
A distinção entre bons e maus médiuns é de certa forma simples: os bons se espelham no exemplo de nosso maior espírita, Chico Xavier, e na vida de Jesus Cristo.

Todos os espíritos podem ser evocados?

Sim. Os que deixaram a vida há pouco tempo, os que viveram há anos, também os mais conhecidos, os mais simples, os nossos parentes ou amigos. Mas é importante deixar claro que eles nem sempre desejam fazer contato por motivos que muitas vezes desconhecemos. De modo geral, gostam de ficar familiarizados com seus médiuns. A faculdade de evocar os espíritos não implica para estes a obrigação de estar sempre à disposição. Eles podem vir em certas ocasiões e não vir em outras. Também respeitam a vontade do médium e esperam pelo momento certo. Aconselha-se, porém, que qualquer exercício ou prática do espiritismo seja feito em centros espíritas de confiança.

Como distinguir os bons dos maus médiuns?

Tanto os médiuns como os espíritos podem e devem ser julgados, já orientava Kardec. Para isso, é preciso conhecer suas vidas e hábitos particulares, como as ideias, se são bem ou mal-educados, superficiais, orgulhosos, sérios, levianos ou sentimentais. Os bons médiuns e os espíritos que os acompanham só dizem o que sabem, calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que desconhecem. Já os arrogantes criticam os outros como se fossem os donos da verdade. Os médiuns ou espíritos superiores se exprimem com simplicidade e têm o estilo claro e inteligível. Os médiuns mais arrogantes usam uma linguagem pretensiosa e agem como ditadores. Os bons médiuns e espíritos são prudentes e só prescrevem o bem; os maus sopram a discórdia por meio de insinuações para excitar a desconfiança e a animosidade.

Elevação espiritual

Não existe médium “mais forte” do que outro. Alguns podem ter um nível melhor de percepção, mas não existe nenhum tipo de hierarquia. Todos os médiuns são dotados de iguais capacidades e responsabilidades. Alguns podem ter mais religiosidade em um determinado período, mas isso não significa que sejam melhores, pois todos são espiritualmente iguais perante Deus.

Por que existem maus médiuns?

Alguns estudiosos da espiritualidade não se desenvolvem como deveriam e sua energia vital permanece estagnada. O resultado é que acabam fazendo contatos espirituais distorcidos.
Os contatos espirituais são feitos na mesma frequência energética das pessoas: as esclarecidas recebem mensagens de luz, as intermediárias recebem mensagens intermediárias e os médiuns instintivos recebem energias igualmente instintivas.
É preciso harmonizar-se e crescer espiritualmente. Só conseguimos isso quando se criam condições apropriadas, através da leitura, orações (que nos colocam em diálogo com Deus), estudo e meditação que se transformam em conhecimento e sabedoria.

Qual o dever de todo médium?

O ponto em comum de todo médium é o sentimento de ajuda ao próximo. A honestidade deve ser o mais importante aspecto de sua vida. Deve respeitar o próximo e consolar os que necessitam. É importante aplicar-se ao serviço do bem, convertendo-se em um instrumento de luz para si próprio e para todos os que solicitam sua ajuda.

Quais são os tipos de médiuns?

Existem vários tipos de médiuns, mas podemos citar:

Cura: realiza a cura através da imposição das mãos no doente. Faz orações e cirurgias espirituais. O mais famoso é o médium João de Deus (Abadiânia, Goiás).

Desobsessor: capaz de orientar os espíritos que não são evoluídos, contribuindo para sua elevação.

Intuitivo: considerado o mais elevado, ele ouve, sente e recebe o pensamento dos desencarnados de modo consciente.

Psicógrafo: escreve mensagens provenientes do plano espiritual, auxiliado por seus mentores. Essa é a categoria do médium Divaldo Franco e de Zíbia Gasparetto.

Psicopictógrafo: incorpora pintores desencarnados, desenhando obras fantásticas nas telas. O mais famoso foi o médium Luiz Gasparetto, conhecido internacionalmente.
Vidente: tem visões de cenas ou pessoas (encarnadas ou não).

Clarividente: ele visualiza o desencarnado ou consegue ver cenas distantes.

Psicofonia: em algumas sessões pode ocorrer a psicofonia, na qual o médium fala como se fosse outra pessoa.

Telepata: o médium ouve a voz do desencarnado, como se fosse uma intuição (voz interior).

Xenoglossia: falar ou escrever em outro idioma




O maior médium brasileiro: Francisco de Paula Cândido Xavier

As visões dos espíritos começaram a surgir na vida de Chico Xavier (1910-2002) quando ele tinha quatro anos de idade. Aos 13 anos, quando sua irmã adoeceu, participou de uma sessão espírita e, a partir daí, começou a seguir a doutrina espírita.
Depois de quatro anos de estudo, Chico psicografou seu primeiro livro, Parnaso de Além Túmulo (1932). Foi a partir de então que Emmanuel, seu mentor, passou a ditar seus livros.
Escreveu 451 livros psicografados, dos quais nunca se intitulou autor, pois apenas reproduzia o que os espíritos ditavam. Devemos lembrar que o médium tinha apenas o curso primário.
Atuou nas obras caritativas por toda sua vida. Morou grande parte da sua vida em Uberaba, Minas Gerais. Com 50 milhões de livros vendidos em vários países, traduzidos para mais de dez idiomas, milhares de psicografias e com todos os direitos doados, Chico escreveu incansavelmente dos anos 1930 a 1990, contribuindo para a popularização do espiritismo.



 

Codificador do espiritismo: Allan Kardec (1804-1869)


O nome verdadeiro de Allan Kardec era Hippolyte Leon Denizard Rivail. Nasceu na cidade de Lyon, na França, morrendo em Paris em 1869. Foi o fundador e o codificador do espiritismo. Depois de uma série de experiências, entendeu que muitas respostas às perguntas sobre diversos problemas eram fornecidas realmente por espíritos, sem nenhuma possibilidade de intervenção humana. Aos poucos, foi reunindo várias informações, descobrindo uma série de leis, codificando e publicando-as em O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, entre outros. Seus livros foram publicados em vários países

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