A Argentina está
infestada de narcos colombianos, revela Don Berna
As autoridades antidrogas dos EUA ficaram
surpresas com as revelações do narcoparamilitar colombiano Diego Murillo
Bejarano (foto), conhecido por Don Berna.
Ainda no governo Álvaro Uribe,
esse megatraficante, Don Berna, foi extraditado para os EUA. Para os EUA,
ele enviava cocaína em grandes quantidades em rede capilar que passava
pelo México.
De combatente das Farc, o paramilitar Don
Berna transformou-se em potente traficante de cocaína. Ele foi membro das
AUC-Autodefesas Unidas de Colombia. A pretexto de obter capital para
combater as Farc, as AUC traficavam drogas. Don Berna gostou do negócio, deixou
as AUC e se estabeleceu como traficante autônomo.
Nos EUA, como virou hábito entre grandes
traficantes desde os tempos dos irmãos Ochoa (eram sócios de Pablo Escobar
e, depois de extraditados, forneceram informações em troca da volta à Colômbia
e com a fortuna preservada), o referido Don Berna virou colaborador de Justiça
e fez uso do instituto da Plea Bargaining.
No acordo em andamento, Don Berna relacionou
os parentes que deveriam ser protegidos devido às suas delações. Indagado sobre
a forma de proteção, Don Berna disse preferir que os
parentes escolhidos fossem transferidos para a Argentina.
A indicação da Argentina gerou espanto para os
agentes da DEA (Drug Enforcement Administration) indagaram sobre o
motivo do país de escolha. Em resposta, ele afirmou que os parentes se
sentiriam em casa, pois a Argentina estava infestada de narcotraficantes
colombianos. E estes, para evitar problemas na Argentina, não cometeriam nenhum
crime contra eles.
Segundo revelou Don Berna, os narcos
colombianos se estabelecem na Argentina para operar uma rede de negócios da
cocaína e fazer ponte com o Paraguai, Chile, Bolívia e Uruguai.
Pano rápido. No Brasil, em São Paulo, fixou-se
durante anos sem ser molestado pelas polícias, o operador do então potente
Cartel do Vale Norte, Juan Carlos Ramírez Abadia. Ele só foi preso por pressão
da agência norte-americana DEA que, em troca de informações, exigiu sua
extradição para os EUA. Uma extradição realizada sem que Abadia
denunciasse os brasileiros que lhe davam proteção.
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