sexta-feira, 8 de junho de 2012

NARCOTRÁFICO


A Argentina está infestada de narcos colombianos, revela Don Berna


 



As autoridades antidrogas dos EUA ficaram surpresas com as revelações do narcoparamilitar colombiano Diego Murillo Bejarano (foto), conhecido por Don Berna.

Ainda no governo Álvaro Uribe, esse megatraficante, Don Berna, foi extraditado para os EUA. Para os EUA, ele enviava cocaína em grandes quantidades em rede capilar que passava pelo México.

De combatente das Farc, o paramilitar Don Berna transformou-se em potente traficante de cocaína. Ele foi membro das AUC-Autodefesas Unidas de Colombia. A pretexto de obter capital para combater as Farc, as AUC traficavam drogas. Don Berna gostou do negócio, deixou as AUC e se estabeleceu como traficante autônomo.

Nos EUA, como virou hábito entre grandes traficantes desde os tempos dos irmãos Ochoa (eram sócios de Pablo Escobar e, depois de extraditados, forneceram informações em troca da volta à Colômbia e com a fortuna preservada), o referido Don Berna virou colaborador de Justiça e fez uso do instituto da Plea Bargaining.

No acordo em andamento, Don Berna relacionou os parentes que deveriam ser protegidos devido às suas delações. Indagado sobre a forma de proteção, Don Berna disse preferir que os parentes escolhidos fossem transferidos para a Argentina.

A indicação da Argentina gerou espanto para os agentes da DEA (Drug Enforcement Administration)  indagaram sobre o motivo do país de escolha. Em resposta, ele afirmou que os parentes se sentiriam em casa, pois a Argentina estava infestada de narcotraficantes colombianos. E estes, para evitar problemas na Argentina, não cometeriam nenhum crime contra eles.

Segundo revelou Don Berna, os narcos colombianos se estabelecem na Argentina para operar uma rede de negócios da cocaína e  fazer ponte com o Paraguai, Chile, Bolívia e Uruguai.

Pano rápido. No Brasil, em São Paulo, fixou-se durante anos sem ser molestado pelas polícias, o operador do então potente Cartel do Vale Norte, Juan Carlos Ramírez Abadia. Ele só foi preso por pressão da agência norte-americana DEA que, em troca de informações, exigiu sua extradição para os EUA. Uma extradição realizada sem que Abadia denunciasse os brasileiros que lhe davam proteção.

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