terça-feira, 19 de junho de 2012

O FILHO DO DONO MUDA DEIXA A PRESIDÊNCIA


Gol anuncia que trocará de presidente



Constantino de Oliveira Júnior será substituído por Paulo Sérgio Kakinoff.
Posse do novo presidente será realizada dia 2 de julho.




O presidente da Gol, Constantino Oliveira Junior, em imagem de arquivo. (Foto: Hélvio Romero/Agência Estado.)O presidente da Gol, Constantino Oliveira Junior,

A empresa aérea GOL vai mudar de comando. Constantino de Oliveira Júnior deixará o cargo de presidente da companhia e será substituído por Paulo Sérgio Kakinoff. A posse de Kakinoff está marcada para o dia 2 de julho. Constantino ficará no Conselho de Administração, segundo informou a companhia aérea em comunicado divulgado nesta segunda-feira (18) à noite.
“A vinda de Kakinoff representa mais um avanço na governança da companhia e somará histórias de realização, além de trazer uma nova dinâmica e ampla experiência em gestão”, disse Constantino Junior, em nota.
Paulo Kakinoff é formado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, com pós graduação em Gestão Internacional. Era presidente da Audi Brasil, mas também passou, anteriormente, pela Volkswagen do Brasil e pelo Grupo Volkswagen na Alemanha.
O Conselho terá foco nas questões estratégicas, de forma atuante, no qual é fundamental a liderança e experiência de Junior, que irá somar na busca do objetivo comum que é o crescimento sustentável e o sucesso da GOL”, declara Kakinoff.
De acordo com a empresa, apesar dessas mudanças, a "estrutura organizacional" seguirá sem alterações, incluindo a composição do Conselho.

Mudanças

Nos últimos meses, a Gol vem anunciando uma série de mudanças no seu plano de negócios, que inclui fim de serviços gratuitos de bordo e demissão de funcionários.
No dia 1º de junho, a companhia informou que 190 tripulantes seriam demitidos. Segundo comunicado da empresa, os desligamentos de funcionários ocorreriam "dando continuidade ao seu processo de adequação à nova realidade do mercado, para manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação".
Em abril, a companhia aérea já havia anunciado a redução de sua estrutura administrativa, eliminando uma vice-presidência (de Clientes e Mercado) e quatro posições de diretoria. Também foram suprimidas 26 posições de gerências média e sênior. Ao todo, foram eliminados 31 cargos.
Na ocasião, a companhia justificou a decisão "em função de suas iniciativas de adequação à nova capacidade operacional e ao ambiente macroeconômico".

Reflexos para passageiros

No início de abril, 131 funcionários da empresa já haviam sido demitidos. A empresa informou que, além desses, outros 28 tripulantes haviam aderido ao programa de demissão voluntária oferecido pela empresa e 46 pediram licença não remunerada. Com isso, os desligamentos chegaram a 205 trabalhadores.
Também houve reflexos para os passageiros. A última mudança diz respeito a cobrança de  uma taxa, a partir de R$ 10, para os passageiros que quiserem reservar assentos nas saídas de emergência dos aviões, onde há mais espaço.
Outra medida adotada pela empresa em abril foi a suspensão do serviço de bordo gratuito nos voos que oferecem a opção de serviço de bordo pago. Dos 900 voos operados diariamente pela empresa, cerca de 180 possuem o serviço pago. Nos demais voos permanecem o serviço gratuito, de acordo com a companhia. A suspensão começou a valer em 16 de março.
Com o serviço de bordo pago, o cliente tem de pagar por sanduíches, snacks ou bebidas quentes, cervejas, refrigerantes e sucos, entre outros. A água será dada ao cliente, segundo a Gol, caso ele peça.



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