Plano requer alta de combustível para ser viável, diz
Petrobras
RIO DE
JANEIRO, 15 Jun (Reuters) - Será preciso ter um reajuste no preço dos
combustíveis para viabilizar o plano de negócio de 236,5 bilhões de dólares da
Petrobras para o período de 2012 a 2016, disse nesta sexta-feira a presidente
da companhia Maria das Graças Foster.
"Este ano tivemos uma suave queda do Brent e uma relevante
subida do dólar. Continuamos com a defasagem de preços que tínhamos quando o
Brent estava a 125 dólares (o barril) e o dólar 1,65/1,70 reais. A defasagem
(ante preço internacional) continua próxima", disse Graça Foster.
Questionada sobre quando seria aplicado esse reajuste no preço
dos combustíveis, a presidente da Petrobras disse que ainda não tem a data.
"Eu não posso dar uma data porque não tenho uma data",
afirmou ela na abertura do Fórum de Sustentabilidade Corporativa da Rio+20, a
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Segundo a presidente da Petrobras, o plano de negócios será
detalhado em 25 de junho quando está agendada uma reunião com analistas e a
imprensa.
Na quinta-feira, a Petrobras divulgou o plano que prevê um
aumento de 5,25 por cento nos investimentos no período, mas um corte de 18 por
cento na produção de petróleo em 2016.
Analistas ouvidos pela Reuters consideram que sem a
contrapartida de um aumento nos preços dos combustíveis ou de aumento de fluxo
de caixa a estatal encontrará dificuldades para manter suas contas
equilibradas.
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