Imagem de Lula com Maluf não é
'normal', diz Wagner
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi mais um petista a
manifestar incômodo com a parceria do partido, em São Paulo, com o PP do
deputado federal Paulo Maluf, de apoio à candidatura de Fernando Haddad à
prefeitura. "É evidente que não é uma foto normal", disse, nesta
terça-feira, sobre a imagem de Maluf apertando a mão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, nesta segunda, em SP. "Mas, é a convivência democrática,
até porque estamos aqui no ambiente da Rio+20 e, portanto, a sustentabilidade
significa que não devemos exterminar nenhuma espécie", sorriu.
Para o governador baiano, a aliança "vale o esforço" se for para render o que se espera: a vitória de Haddad. "Tem um político velho que diz que não existe nada impossível na política", disse, após encontro de governadores na Rio+20, no Parque dos Atletas. "Acho que ele (Lula) fez a foto com um objetivo: trazer o PP, conquistar o apoio pelo tempo de televisão, por ser mais um partido na aliança que já está na sustentação do governo Dilma".
Para o governador baiano, a aliança "vale o esforço" se for para render o que se espera: a vitória de Haddad. "Tem um político velho que diz que não existe nada impossível na política", disse, após encontro de governadores na Rio+20, no Parque dos Atletas. "Acho que ele (Lula) fez a foto com um objetivo: trazer o PP, conquistar o apoio pelo tempo de televisão, por ser mais um partido na aliança que já está na sustentação do governo Dilma".
Wagner afirmou que Maluf tem uma "história até
contraditória" com a sua, mas "as coisas estão tão distantes que
essas questões vão sendo superadas e as pessoas se aliam". "Eu digo
sempre que a foto não mostra o mais importante. O mais importante é: qual o
programa de governo que o Haddad eleito vai levar para São Paulo? Este, seguramente,
terá ver com as nossas raízes, com a nossa história, e com aqueles que são,
também, aliados de sempre", afirmou.
Presente ao encontro, o governador de SP, Geraldo Alckmin (PSDB),
evitou falar sobre a parceria. Perguntado se o apoio de Maluf à campanha de
Haddad "facilitaria a vida" dos tucanos na eleição, Alckmin se
limitou a dizer que caberia ao PT se pronunciar.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), apesar de
petista, também se esquivou: "Vamos deixar para o governo local resolver".
Já o governador gaúcho, Tarso Genro (PT), disse que preferia, antes de opinar
sobre a parceria, conversar com "os companheiros de São Paulo, Haddad e
Lula".
"É perfeitamente natural que as pessoas se manifestem,
principalmente as de São Paulo. Mas eu, como estou lá no Rio Grande do Sul,
isolado do contexto nacional", brincou, e disse aos jornalistas:
"Vocês nunca 'dão bola' para o Rio Grande do Sul, só vêm me perguntar
coisas de São Paulo, então vou aguardar um pouco para manifestar minha opinião".
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