Colheita do milho safrinha
influencia crescimento da safra nacional
Em 2012, a produção de
safrinha deverá ser maior do que a safra de verão.
Mato Grosso é o principal estado produtor do alimento no país.
Há alguns meses, o clima adverso no Rio Grande do Sul
preocupava o resultado da safra nacional de 2012, principalmente no caso da
soja. Mas, o bom desempenho do milho safrinha, plantado em área maior e com
mais tecnologia, fez a safra nacional subir. O IBGE já admite uma colheita igual
ou até um pouco maior do que a de 2011.
Este ano, pela primeira vez na história, a
produção de milho safrinha poderá ser maior do que a safra de verão. Este
aumento é um dos dados mais significativos da previsão do IBGE. Só o Mato Grosso deve produzir na
segunda safra 12,3 milhões de toneladas de milho, que representa um crescimento
de 70% em relação à safrinha de 2011.
Os produtores de Sapezal, no oeste de
Mato Grosso, saíram na frente na colheita do milho safrinha. A cidade tem 122
mil hectares de área plantada e a estimativa é que sejam colhidas 85 sacas por
hectare. Em grãos, o número representa uma colheita aproximada de 622 mil
toneladas.
O agricultor Nilson Rotta plantou pelo
segundo ano consecutivo 3,3 mil hectares e está satisfeito com os primeiros
resultados da lavoura. Nos primeiros talhões, o rendimento foi de 76 sacas por
hectare, 15% a mais que no ano passado.
Em outras áreas do estado, como no município
de Sinop, a lavoura está um pouco
mais atrasada, mas também se espera uma boa produtividade. O produtor Leonildo
calcula um rendimento perto de seis mil quilos por hectare. Ele vendeu
antecipadamente 50% da colheita.
Escoar o milho rapidamente para o exterior
seria um caminho para segurar os preços. Mato Grosso teria que exportar oito
milhões de toneladas de milho este ano. Para o economista do IMEA (Instituto
Matogrossense de Economia), Daniel Latorraca, isso é difícil: “O ano passado,
exportamos seis milhões de toneladas. A expectativa para esse ano é manter esse
número. Assim, o nosso estoque final deve aumentar, chegando a três milhões de
toneladas, o que evidencia problemas no mercado para os próximos meses”.
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