sábado, 30 de junho de 2012

MERCOSUL


Empresários do Brasil acusam Argentina de matar Mercosul



O presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa, acusou neste sábado o governo argentino de ferir mortalmente o Mercosul e afirmou que o bloco deixou de lado o enfoque comercial para se tornar um instrumento de política regional.
"Nos últimos meses adotaram medidas que mataram o Mercosul. A Argentina vai ser responsável pelo fim do Mercosul", disse Rubens Barbosa à Rádio Mitre de Buenos Aires.
Segundo o empresário, "o Mercosul hoje como instrumento de política comercial acabou, não vale nada para abrir o comércio, se transformou agora em um foro político, o que vimos ontem (sexta-feira) foi o julgamento do Paraguai e a entrada da Venezuela sem negociação ou compromisso".
A cúpula do Mercosul realizada na sexta-feira na cidade argentina de Mendoza (oeste) decidiu suspender o Paraguai devido à destituição do presidente Fernando Lugo, até a realização de eleições em abril de 2013, e acertou o ingresso da Venezuela como membro pleno do bloco.
O empresário atacou as restrições impostas pela Argentina, e também citou os problemas que certos produtos argentinos enfrentam para chegar ao mercado brasileiro, como vinhos, uvas, cítricos e medicamentos, entre outros.
"A Argentina adotou medidas que vão contra o Mercosul, e agora aceitam a Venezuela sem qualquer negociação concreta", disse Rubens Barbosa, que trabalhou na chancelaria brasileira durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Rubens Barbosa lembrou que o "Tratado de Assunção (1991 que deu origem ao Mercosul) estabelecia a abertura do comércio entre os sócios e o que ocorre agora é exatamente o inverso".

NATUREZA AMAZÔNICA


Estudo usa planta como anestésico para manejo de peixes no Amazonas


Plantas como cipó-alho, cravo-da-índia e alfavaca estão sendo testadas.
A substâncias foram testadas principalmente em tambaquis e matrinxãs.

Tambaqui (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)Anestésicos naturais estão sendo testados para
facilitar a comercialização e peixes como
o Tambaqui

Proporcionar alternativas naturais para substituir produtos químicos que possam ser tóxicos quando utilizados na piscicultura. Este é o objetivo da pesquisa realizada pelo pesquisador Luiz Inoue pela Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Para a substituição estão sendo feitas pesquisas com cipó-alho, cravo-da-índia, alfavaca, entre outras plantas.
As tecnologias estão sendo testadas, principalmente, para boas práticas de manejo na piscicultura, que possam reduzir riscos ambientais na produção de pescado, prevenir danos à saúde humana e facilitar a comercialização. Luiz desenvolveu testes em várias plantas como anestésico de peixes, para minimizar problemas no transporte desses animais. As substâncias foram testadas principalmente em tambaquis e matrinxãs, que são peixes originários da Amazônia e passaram a ser cultivados em várias regiões do Brasil.
 “Durante o manejo os peixes podem se machucar e, consequentemente, favorecer a manifestação de doenças e morte de animais, alguns dias depois”, explica o pesquisador. “O uso dos anestésicos naturais reduz a movimentação excessiva dos animais e o estresse dos peixes, aumentando as chances de sucesso da prática de manejo, eliminando o risco de intoxicação do trabalhador e dos animais”.
O estudo faz parte de projeto da Embrapa, com apoio do CNPq, no Macroprograma 3, que incentiva projetos voltados para o “Desenvolvimento Tecnológico Incremental”, para apoiar o aperfeiçoamento tecnológico contínuo do agronegócio a curto e médio prazos.

AQUISIÇÃO BRASILEIRA NOS EUA


Petrobras encerra disputa por refinaria nos EUA



A Petrobras vai pagar US$ 820,5 milhões - já contando juros e custos legais - à Astra Oil Trading NV para ficar com os 50% da sócia na refinaria de Pasadena, no Estado norte-americano do Texas. O valor foi definido em acordo que põe fim a uma batalha judicial travada há pelo menos quatro anos entre a companhia brasileira e as empresas do grupo belga Transcor Astra. Com isso, a Petrobras será a única dona do ativo.
De acordo com a estatal, quase todo esse montante já vinha sendo provisionado para pagamento nas demonstrações financeiras da Petrobras, restando um complemento de cerca de US$ 70 milhões, que deve ser reconhecido no resultado da companhia no segundo trimestre deste ano.
A estatal brasileira comprou 50% na refinaria em 2006, por US$ 350 milhões. A Petrobras fechou transação para entrar no setor de refino nos Estados Unidos e, assim, poder processar o óleo exportado do Brasil e também o que viesse a ser produzir em campos localizados no Golfo do México. Depois de confrontos entre as duas acionistas, a Transcor Astra exerceu seu direito de repassar sua participação à Petrobras. A definição do valor a ser pago, porém, foi conflituosa e acabou levando o processo à Justiça, numa disputa que se arrastou por anos.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Petrobras afirma que, com o acordo, as duas companhias se darão "ampla e geral quitação recíproca em relação a todos os processos judiciais em que litigavam". 

MALEFÍCIOS DA BEBIDA


‘Bebidas alcoólicas atrapalham o emagrecimento’, diz nutricionista



Karin Honorato fala sobre os malefícios da bebida para a saúde.
Segundo a nutricionista, as mulheres ficam alcoolizadas com mais facilidade.


“Consumir bebida alcoólica atrasa o metabolismo, dificulta a função do fígado, aumenta calorias à toa, e vai atrapalhar o emagrecimento”, destaca a nutricionista Karin Honorato. Ela explica que apesar da bebida fazer parte da cultura do brasileiro, o exagero na dose pode trazer vários malefícios, para a saúde e para a sociedade.

De acordo com a nutricionista, o álcool vem da fermentação de frutas e cereais pelos fungos que vivem no ar, e são considerados leveduras.
As bebidas alcoólicas são divididas em fermentadas e destiladas. A cerveja e o vinho são exemplos do primeiro tipo. Cachaça, gim e whisky representam o segundo.

“O álcool é considerado uma droga. E como todas as drogas, têm uma ação muito importante no cérebro”, alerta Karin. A nutricionista explica ainda que o álcool degenera as células do organismo, sobretudo, as do cérebro. Mas ela aponta também os benefícios do vinho, por exemplo. “O vinho é benéfico para a saúde. Tem uma ação antioxidante, anti-inflamatória, excelente para a circulação, e ajuda a diminuir os riscos de doenças cardiovasculares”. Porém, todos esses benefícios podem ser obtidos também com um concentrado suco de uva, conforme a nutricionista.
 
Karin explica que vários fatores interferem para que uma pessoa fique alcoolizada. A genética, a altura, o peso, a massa corporal e o gênero são alguns desses fatores. “As mulheres têm mais dificuldade para absorver o álcool. As enzimas hepáticas não funcionam tão bem quanto no homem. Por isso a mulher tem chance de ficar alcoolizada mais rápido e com menos quantidade de álcool”, explica a nutricionista.

Segundo Karin Honorato, a recomendação pelos órgãos de saúde é que as mulheres não ultrapassem 14 unidades de álcool por semana e os homens, 21 unidades, no mesmo período. “Significa que, ao dia, o homem não deve consumir mais do que uma garrafa de cerveja, e a mulher, a metade”.

Por fim, Karin ressalta que é importante não ingerir bebidas alcoólicas em jejum. E para quem está pensando em emagrecer, a nutricionista alerta que a bebida é uma grande vilã para as dietas. “Um grama de álcool equivale a sete calorias. E são calorias vazias, sem nenhum nutriente para o organismo”.

VEGETAÇÃO MISTERIOSA


Estudo revela características de vegetação misteriosa da Namíbia



Cientistas não sabem o que forma círculos conhecidos como 'anéis de fadas'.
Pesquisa descobriu que formação tem um ciclo de vida próprio.


Nas estepes da Namíbia, país situado no sudoeste da África, “buracos” na grama deixam os cientistas intrigados há anos. Em vários trechos, a vegetação esparsa deixa de existir em círculos quase perfeitos e deixa o solo “careca” nesses pontos. Esses círculos são conhecidos como “anéis de fadas”.

Círculos em que a vegetação não aparece são chamados de 'anéis de fadas' (Foto: Ann Scott/NamibRand Nature Reserve)
Círculos em que a vegetação não aparece são chamados de 'anéis de fadas 

Um estudo publicado nesta semana pela revista científica “PLoS One” dá um passo na direção de explicar o que causa o fenômeno. A pesquisa não se propôs a descobrir as causas, mas enumerou uma série de características que precisam ser explicadas no caminho para descobrir a resposta.
A equipe liderada por Walter Tschinkel, da Universidade do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, descreveu, por exemplo, o ciclo de vida dos “anéis de fadas”, que vai desde o surgimento até o momento em que o espaço volta a ter vegetação. Os menores anéis têm um ciclo médio de 24 anos, enquanto os maiores podem durar até 75 anos.
Além disso, o estudo também descreveu como essas formações se comportam em relação a pequenas variações do solo e do clima.
“Qualquer explicação causal dos anéis de fadas tem que incluir o nascimento, o desenvolvimento e a morte, a expectativa de vida média e a variação de suas características sob diferentes condições”, justifica o artigo.

DESCOBERTA


Pesquisadores descobrem primeira caverna vulcânica do país no Paraná



Descoberta geológica fica em Palmital, no centro oeste do estado. 
Formação semelhante existe apenas no Hawai, segundo especialistas.


Uma equipe formada por geógrafos, geólogos e vulcanólogos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e da Universidade de São Paulo (USP) descobriu, em Palmital, a 397 quilômetros de Curitiba, a primeira caverna de origem vulcânica do país. "É uma cavidade diferenciada. A gente conhece caverna de calcário, de arenito, mas as cavernas em basalto só quem foi para o exterior para conhecer isso", explicou a professora do Departamento de Geografia da Unioeste Gisele Petrobelli. Segundo ela, assim como a cavidade encontrada em Palmital, existe apenas no Hawai. "É uma riqueza muito grande no Brasil", avaliou a professora.

A primeira caverna de origem vulcânica do país é chamada de Casa da Pedra (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)A primeira caverna de origem vulcânica do país é chamada de Casa da Pedra

Cavernas ficam em uma propriedade privada  (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)Cavernas ficam em uma propriedade privada

A geógrafa explicou que com esta identificação entende-se de outra maneira o processo geológico do Terceiro Planalto do Paraná. Até então, segundo a professora, pesquisadores acreditavam que na região não houve uma atividade vulcânica mais característica e que agora isso deve ser repensado. "Não se sabe de onde veio a lava, só o caminho que percorreu", acrescentou. Este caminho deu origem ao duto que está bem preservado e que isso é essencial. O local ficou conhecido como Casa da Pedra e está dentro de uma fazenda particular na comunidade de Catuana.
O Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Palmital, Miguel Burei, é sobrinho do dono da fazenda. Ele contou que a área, que tem aproximadamente 300 hectares, era utilizada para o plantio de milho e que agora foi transformada em pasto para criação de gado. “Meu primo criava cabrito lá”, lembrou Burei.


Existe a possibilidade de as ossadas encontradas nas cavernas serem pré-históricas  (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)Existe a possibilidade de as ossadas encontradas
nas cavernas serem pré-históricas

Após a descoberta científica, o proprietário decidiu doar 1% da terra para pesquisa científica e o local foi isolado. Isso porque foram encontradas ossadas que podem ser de animais pré-históricos. Segundo a professora da Unicentro, a duto principal possui 37 metros de extensão.

“A gente foi até onde dava para respirar. Eles [os pesquisadores] pediram para ninguém entrar porque pode impactar no material existente. Eles isolaram para não interferir na pesquisa”, contou o secretário.
A intenção é transformar o local em uma unidade de preservação ou em um parque para que sejam desenvolvidos projetos turísticos. A gestão deve ser atribuída a uma Organização não Governamental (ONG), especializada em Meio Ambiente, para que as visitas sejam controladas e qualquer futura ação não degrade o espaço. Os primeiros passos para que a proposta saia do papel já foram dados.

A segunda caverna descoberta chama-se Peráu Branco e fica na comunidade da Prata (Foto: Miguel Burei/ Arquivo pessoal)A segunda caverna descoberta chama-se Peráu
Branco e fica na comunidade da Prata

Na quarta-feira (27), houve uma reunião com representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para se discutir a proposta. O secretário municipal está otimista, principalmente após algumas empresas da iniciativa privada demonstrarem interesse no desenvolvimento de ações sustentáveis no local.

Além da Casa da Pedra, existe outra caverna na fazenda que também é de origem vulcânica. Enquanto na primeira há um duto, na segunda existem quatro. Na verdade se trata de um sistema de tubos de lava, chamado de Peraú Branco.

O interesse dos pesquisadores

O local despertou a curiosidade pesquisadores quando Burei publicou as fotos em redes sociais, na internet. Professores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo foram até o local para reconhecer a origem geológica até então desconhecida no Brasil.

Em alguns trechos da Caverna percebeu-se que o chão é oco, o que segundo especialistas, indica que deve haver outros dutos embaixo da Casa da Pedra. Para ele, pelas características da região podem haver outras raridades escondidas no Terceiro Planalto paranaense.

CULPA DOS PAIS


Pais são principais violadores dos direitos de crianças, diz especialista



Crescente participação de crianças em crimes preocupa especialistas.
Casos de abuso sexual infantil na capital também aumentam.



Em imagens, criança aparece pegando produtos em prateleira (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Em imagens, criança aparece pegando produtos em prateleira com instrução da mãe

Nas últimas semanas, dois casos de exploração de crianças para prática de furtos foram destaques negativos em Manaus, após as ações criminais dos pais em relação guiando os filhos nos crimes serem flagradas por sistema de monitoramento dos estabelecimentos. Em Manaus, as pessoas do convívio familiar dos jovens estão entres os principais agentes violadores dos diretos das crianças e adolescentes.
Para a coordenadora do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Ana Lúcia Carvalho, os valores estão sendo invertidos. “Os pais e família que deveriam passar questões de valores, boas práticas e conduta. Esses valores que deveriam ser repassados para as crianças e os adolescentes estão sendo invertidos. Os próprios pais e adultos utilizam as crianças induzindo aos vulneráveis as roubarem, promovendo a criminalidade”, enfatizou Ana Lúcia.

A especialista ressaltou as consequências para a sociedade em virtude do comportamento irregular dos pais na educação dos filhos. “Atualmente, estamos vivenciando a crescente criminalidade, casos de esposa matando marido e decapitando, filha matando mãe com 109 facadas, a banalização da violência dentro da família é um fator gritante. Percebemos que as crianças não têm exemplos de respeito ao outro dentro de casa, indo muitas vezes para rua depois de vê tanto sofrimento com pai batendo na mãe. Num é só a extrema pobreza que leva a criança a cometer atos de infração, mas vulnerabilidade do ambiente familiar com violência doméstica, o uso de entorpecentes, a desagregação familiar, tudo isso colabora para as crianças e o adolescente tome esse tipo de comportamento”, destacou coordenadora do Creas.

Exploração Sexual

De acordo com Ana Carvalho, mesmo dispondo de um levantamento compilado do número de casos violação dos direitos da criança e do adolescente registrado pelos Conselhos Tutelares, a exploração sexual infantil por familiares das vítimas representa a maior violação em Manaus.
“Infelizmente, nós estamos vivenciando a questão da exploração sexual. A cada dia crianças de idades menores estão sendo violentadas dentro da sua própria casa. Hoje em dia, a violência sexual é um fator que retira muitas vezes a menina e o menino do lar para a rua. Outra forma percebida de fugir é o usando drogas e sendo explorado sexualmente. Em muitos casos que chegam ao Creas e aos Conselhos Tutelares, a demanda é de padrastos, tio e avô, mas tem também vizinho e o pedreiro. As pessoas que deveriam proteger os seus filhos estão violando os diretos dessas crianças”, revelou a especialista.
Ela orienta que a população denuncie as violações dos direitos das crianças e adolescentes ao Conselho Tutelar ou através do telefones 0800 092 1407 e o Dique 100. “Reforçamos que as crianças procurem alguém que confia dentro da escola para gritar e falar, não fique calado mesmo com as ameaças. Clamamos também para que a sociedade, as pessoas próximas dessa criança percebam a diferença no comportamento porque ela retrata isso”, frisou Ana Lúcia Carvalho.

INCENTIVANDO O CONSUMO


Governo prorroga IPI baixo para linha branca e móveis



Sem prorrogação, IPI menor para linha branca terminaria neste sábado.
Corte de tributos representa perda de R$ 684 milhões em arrecadação.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta sexta-feira (29) que será prorrogada por mais dois meses a redução das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da linha branca, como geladeira e fogão. Sem a prorrogação, o IPI menor terminaria neste sábado.
O governo também prorrogou, por mais três meses, a redução das alíquotas do IPI para móveis, laminados, papel de parede e luminárias.  O anúncio foi feito após o ministro se reunir na tarde desta sexta, em São Paulo, com representantes da indústria de eletrodomésticos, móveis e varejo.
“É bom que a população aproveite porque está terminando. É bom o pessoal ir às compras”, disse Mantega.aos jornalistas.
O ministro informou também que tentará incluir no novo decreto a redução de 5% para zero ad alíquota de IPI para painéis de madeira. A "tentativa", segundo o ministro, é porque o decreto com os anúncios desta sexta já estava pronto, e precisará ser alterado para incluir o item. Mantega garantiu, porém, que o produto também terá IPI zero até setembro.
A redução do IPI para os painéis foi uma solicitação da indústria de móveis, segundo Mantega, uma vez que o item é considerado uma das principais matérias primas na fabricação de móveis.
Mantega também anunciou a prorrogação, até o final do ano, da isenção de cobrança do PIS e da Cofins sobre massas, que valeria até este sábado. A alíquota, que era de 9,25%, foi reduzida em dezembro do ano passado. A isenção de PIS/Cofins sobre os pães já tinha validade até dezembro deste ano.

arte prorrogação IPI linha branca móveis (Foto: Editoria de Arte/G1)


Contrapartidas 

Mantega destacou que, com a prorrogação dos tributos menores, tanto a indústria quanto o varejo se comprometeram a manter o repasse da redução de imposto ao consumidor, bem como a manter o nível de emprego, com expansão. Os empresários firmaram ainda o compromisso de manter o nível de nacionalização dos produtos.
Os empresários presentes ao encontro informaram que, com a redução da tributação, as vendas da linha branca cresceram 22% de janeiro a maio na comparação com o ano anterior. Já no setor de móveis, houve alta de 2,5% na produção da indústria no acumulado do ano. O setor acredita que com a prorrogação do incentivo poderá crescer até 6% neste ano.

Renúncia fiscal

A redução de tributos deve custar ao governo uma perda de R$ 684 milhões em arrecadação. A renúncia fiscal sobre a linha branca deve ficar em R$ 180 milhões para os dois meses. Para os móveis, sem incluir os painéis, a renúncia deve somar R$ 197 milhões.
Outros R$ 22 milhões representam os cortes de imposto sobre luminárias, laminados a papel de parede. Já a isenção de PIS e Cofins sobre as massas deve somar R$ 285 milhões.

Motivos

A redução do imposto para linha branca foi anunciado, inicialmente, na primeira etapa da crise financeira, em 2009. Posteriormente, voltou a ser implementado no fim do ano passado, sendo renovado em março deste ano por mais três meses.
Por trás da redução da cobrança, está a intenção do governo de combater os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira e estimular o Produto Interno Bruto (PIB), que sente o impacto da crise financeira internacional. No primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento, calculado sobre os três últimos meses do ano passado, foi de apenas 0,2%.
Na semana passada, Mantega tinha negado que uma nova prorrogação da medida pudesse ocorrer. Segundo ele, o governo não pensa em prorrogar o IPI baixo.
Os empresários, no entanto, pressionaram pela renovação. No último dia 20, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para pedir a renovação da medida.

Fazenda espera crescimento acima de 2,7% em 2012

Questionado sobre o crescimento da economia no ano, o ministro da Fazenda afirmou que continua otimista. “Eu vou falar de projeção do segundo semestre. No segundo semestre, nós estaremos crescendo 3,5% a 4%”, disse Mantega.
Sobre o crescimento do PIB no ano, Mantega disse que a meta é ficar “acima do que nós crescemos no ano passado”, quando ficou em 2,7%.
Questionado se as projeções da Fazenda para o ano não estariam otimistas demais, uma vez que o próprio Banco Central, o ministro disse acreditar que o conjunto de que estão sendo aplicadas pelo governo ajudarão na retomada do crescimento.
“Não é otimismo, é realismo. Na verdade, nós temos que trabalhar para conseguir atingir essas metas”, disse Mantega. “Se trabalharmos, se continuarmos reduzindo a taxa de juros, os spreads dos bancos – isso já está acontecendo –, se conseguirmos aumentar o crédito, se continuarmos reduzindo tributos e aumentando a competitividade da indústria brasileira, nós vamos conseguir atingir metas mais ambiciosas”, completou.

ATUALIZAÇÃO DOS RELÓGIOS


Relógios da Terra ganham 1 segundo à meia-noite deste sábado (30)



Medida serve para sincronizar o horário com o período de rotação da Terra.
Esta é a 25ª vez que ajuste ocorre; a última foi em 31 de dezembro de 2008.


À meia-noite deste sábado (30), os relógios de todo o mundo vão ganhar um segundo a mais. O mês de julho, portanto, só vai começar após as 23 horas, 59 minutos e 60 segundos.
A medida foi determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro e serve para ajustar o horário universal com o período de rotação da Terra.
Esta é a 25ª vez que esse acréscimo acontece. A última foi há três anos e meio, em 31 de dezembro de 2008.
Isso acontece porque um giro do nosso planeta em torno de si mesmo leva um dia, mas essa duração astronômica de 24 horas não é fixa, ou seja, pode ser um pouco mais rápida ou lenta dependendo de uma série de fatores.


Imagem divulgada nesta terça-feira (19) pela Nasa mostra a Terra vista de sobre o Oceano Ártico, capturada a partir do recentemente lançado pelo satelite S-NPP. O satélite, lançado em 28 de outubro de 2011, circulou a Terra 15 vezes para capturar informaç (Foto: NASA/GSFC/Suomi NPP)Relógios da Terra vão ganhar um segundo à meia-noite deste sábado (30
Por causa da força gravitacional que o Sol e principalmente a Lua exercem sobre a Terra, os relógios atômicos – que são os mais precisos do mundo, responsáveis por determinar o horário oficial de Greenwich – precisam ser atualizados de tempos em tempos.
Esse ajuste serve para evitar uma diferença significativa ao longo de centenas de anos e impedir que o nosso horário marque meio-dia quando, na verdade, seriam apenas 10h da manhã.
A proposta da ONU foi apresentada em Genebra, na Suíça, por pesquisadores do Serviço Internacional de Sistemas de Referência sobre a Rotação da Terra, que verifica se os relógios humanos estão em sincronia com o planeta.
Além de ganhar um segundo neste sábado, 2012 é um ano bissexto, com um dia extra (29 de fevereiro) adicionado ao calendário.


FORMADOS EM LETRAS


Guia de carreiras: letras



Profissional pode dar aulas de português e idiomas, além de fazer tradução.
Embora pouco valorizada, carreira do professor atrai pela empregabilidade.


A maioria dos profissionais que se forma no curso superior de letras tem uma incumbência atualmente pouco valorizada: ensinar a língua portuguesa -- as regras, o uso prático e as principais obras -- às crianças e adolescentes do Brasil. Mesmo com o baixo retorno financeiro e o pouco status social da função, ela continua atraindo os vestibulandos por três motivos: a empregabilidade, as folgas nos fins de semana, feriados e férias escolares e, segundo quem atua na área, a satisfação pessoal.
"Todos os meus colegas de universidade estão muito satisfeitos, estão muito bem financeiramente, não tem ninguém reclamando e chorando porque fez péssima escolha", afirma Maurício Araújo, de 29 anos, que em 2008 se formou em letras pela Universidade de São Paulo e, hoje, dá aulas de português e literatura no cursinho pré-vestibular, o Instituto Henfil.
Araújo diz que optou pela carreira quando era adolescente. "Foi dentro do cursinho que eu me apaixonei pela profissão, lá na sala de aula decidi fazer o que esses caras estavam fazendo", conta. Hoje, ele prepara estudantes para os vestibulares e ganha a simpatia deles usando métodos pouco tradicionais, como a criação de paródias musicais sobre elementos da gramática. O professor já elaborou letras sobre o sujeito para uma música sertaneja, já escreveu sobre a crase e até elaborou o "Rap dos pronome".
Para Araújo, essa metodologia "é uma busca de trazer o aluno para a matéria, de mantê-lo interessado, estimulado... Essa ferramenta torna a aula muito engraçada, mas sempre muito construtiva".
Segundo ele, muitos vestibulandos interessados em se tornar professores ficam em dúvida sobre o curso pelo qual eles devem optar. "É muito comum terem dúvida entre história, língua portuguesa, talvez filosofia. Mas, para a formação do professor, o curso de letras se encaixava melhor para mim, língua portuguesa era a minha preferência entre as matérias."

Português, latim, grego

Todos os cursos de letras estudam o português na faculdade, além do latim e, em vários casos, o grego, e exigem do estudante o gosto pela leitura e pela produção de texto. Segundo Filomena de Oliveira Azevedo Varejão, diretora adjunta de Ensino de Graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o aluno, além de trabalhar os conceitos gramaticais e da construção do idioma, também aprende a ver a língua portuguesa de forma mais completa.
"Mostramos que toda língua humana é variável, apresenta diferentes normas, tem uma forma de usar o português que pertence a certa camada social, com determinado perfil sócio-econômico e educação, por exemplo", diz.
Mas, além desses idiomas, eles também  se especializam na literatura brasileira ou em um idioma estrangeiro à sua escolha. Na UFRJ, espanhol e inglês são as línguas mais procuradas e as que exigem do estudante um conhecimento mínimo prévio. Mas é possível estudar francês, árabe, hebraico e japonês, entre outros idiomas.
Cada umas dessas opções é oferecida no bacharelado e licenciatura. O primeiro permite ao formando trabalhar como tradutor, pesquisador e revisor, nas empresas de editoração e jornalismo que ainda mantêm essa função, além de dar aulas no ensino superior, e licenciatura. Já a segunda modalidade da graduação tem grade curricular similar ao bacharelado, mas inclui disciplinas de educação que capacitam o profissional para dar aulas.

Bacharelado X licenciatura

De acordo com Filomena, a licenciatura, em geral, é a opção mais procurada pelos estudantes. "De 80% a 90% das opções são para a licenciatura, ela é mais dispendiosa e demorada, mas o profissional sai da faculdade com mais leque para o mercado", explica.
Segundo ela, parte dos vestibulandos que optam pelo bacharelado almeja o funcionalismo público, e usa os conhecimentos adquiridos no curso para pontuar nas questões de língua portuguesa dos concursos.
Filomena cita ainda a grande procura dos formandos pela pós-graduação, uma maneira de conseguir salários mais altos, principalmente na rede particular de ensino.
Embora a grande maioria das instituições ainda ofereça a possibilidade de o estudante de letras tirar o diploma do bacharelado e então fazer as disciplinas complementares para se formar na licenciatura, na UFRJ, após uma reforma curricular promovida em 2010, essa opção só pode ser feita através de reingresso.
"O aluno que ingressou até 2010 acaba tendo a opção de dois diplomas. A mudança dá força aos cursos de licenciatura, nós inclusive abrimos um curso noturno como licenciatura, com a ideia de fomentar o acesso do aluno ao curso e formar professores", diz Filomena.
Com a mudança, a UFRJ implantou um currículo comum às duas modalidades durante o primeiro ano da graduação.

Guia de carreiras letras (Foto: Editoria de arte/G1)


Formação e valorização do professor

Araújo recomenda a quem deseja tirar o diploma de licenciatura que busque praticar além dos programas obrigatórios de estágios mantidos pelas faculdades. "A licenciatura não oferece toda a prática necessária, mesmo considerando os estágios. Se depender só disso, o primeiro impacto vai dar um susto na pessoa", explica ele.
Quem ainda não se formou, mas já quer ver na prática como é ser professor pode buscar estágios em cursinhos populares e projetos sociais, por exemplo. "Eu dou aula praticamente desde o segundo ano da faculdade."
Segundo Araújo, a atividade de professor no Brasil é complicada. "Cria-se dois universos, você tem o professor que trabalha nas boas escolas, que têm grande índice de aprovação na Fuvest, é um trabalho tranquilo, muito bem remunerado e organizado. Mas fora desse mundo, o segundo universo é o trabalho com educação numa sociedade que não costuma dar valor ao professor."
Hoje, o piso nacional para professores de ensino médio, com jornada semanal de 48 horas, é de R$ 1.451, mas nem todos os municípios e estados oferecem esse salário. Além disso, os professores de idiomas que dão aulas em cursos livres (oferecidos pelas escolas de idioma, fora do ensino regular) em São Paulo têm piso de R$ 4,50 pela hora-aula, e R$ 810 pelo salário de quem é registrado. "O professor é muito mais um autônomo do que um emprego tradicional, CLT", diz Araújo.
Já os tradutores, segundo Filomena, costumam receber por lauda, e os pesquisadores têm um mercado restrito às universidades.
Para ela, a importância que o governo e o mercado dão à profissão faz com que ela acabe espantando quem prefere dar mais valor ao salário, e absorve principalmente pessoas que se preocupam mais com a empregabilidade. "Até em função do perfil sócio-econômico do aluno, de classe mais baixa. Ele tem pressão da família, porque o professor não ganha bem, mas tem sempre uma perspectiva de emprego", diz.

INDENIZAÇÕES NÃO PAGAS PELA UNIÃO


Aéreas falidas ainda buscam na Justiça indenização de R$ 4,6 bilhões


Vasp, Varig, Rio Sul e Nordeste alegam prejuízos com Plano Cruzado.
Processo mais antigo já tramita na Justiça há 20 anos.

Empresas aéreas falidas (Varig, Vasp, Rio Sul e Nordeste) movem até hoje ações na Justiça contra a União pedindo indenização pelos prejuízos que alegam ter sofrido com o congelamento do preço das tarifas durante o Plano Cruzado (1986–1992). No total, as ações pedem ressarcimento de R$ 4,633 bilhões, em valores de 2011.

Oficialmente falida desde 2008, a Vasp foi a primeira a procurar a Justiça para requerer a reparação, em 1992. Essa ação está sob análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assim como as movidas por Rio Sul e Nordeste – a Rio Sul era subsidiária da Varig , e a Nordeste foi adquirida por ela depois.

A ação movida pela Varig é a mais adiantada: está no Supremo Tribunal Federal. O STJ deu ganho de causa à empresa, que pede indenização de R$ 2,589 bilhões, mas a União recorreu ao STF contra a decisão.

Em dificuldades financeiras, a Varig acabou dividida em duas. A “velha” Varig, que ficou com as dívidas, teve a falência decretada em agosto de 2010. Mas as autorizações de voo e a marca Varig hoje pertencem à Gol, que pagou, em 2007, US$ 320 milhões.

A Transbrasil, empresa aérea que teve a falência decretada em abril de 2002, foi a única que conseguiu garantir a indenização. Em dezembro de 1998, a Justiça determinou à União que pagasse à empresa R$ 1,3 bilhão (valor da época). A Transbrasil, porém, não chegou a receber o dinheiro, que acabou usado para abater uma dívida de R$ 700 milhões com o governo.

Prejuízos

Nos processos, as empresas alegam que o congelamento das tarifas determinado pelo então presidente José Sarney provocou prejuízos, já que os custos da operação das aeronaves (combustível etc.) continuaram a subir no período. E afirmam que, por conta disso, devem ser indenizadas pelo governo.

A Advocacia-Geral da União discorda. De acordo com a AGU, as empresas aéreas operavam sob permissão, e não concessão, por isso não têm direito a pedidos de reequilíbrio econômico. Ou seja, a União considera que as empresas assumiram o risco do prejuízo.

Nos processos, a AGU também questiona o cálculo do prejuízo feito pelas empresas. O órgão considera que os valores estão inflados e que os documentos e planilhas apresentados pelas aéreas não provam que o congelamento foi responsável pelas perdas, que podem ser resultado de outros fatores, como má administração.




Valores das indenizações pedidas pelas empresas aéreas falidas (2011)
VarigR$ 2,589 bilhões
VaspR$ 1,870 bilhões
Rio SulR$ 132,5 milhões
NordesteR$ 40,3 milhões
Fonte: Advocacia-Geral da União (AGU)

Futuro

O sucesso da Transbrasil e as vitórias parciais concedidas pela Justiça em favor da Varig mostram que são grandes as chances de as aéreas falidas conseguirem a indenização bilionária.
Se isso se confirmar, o dinheiro teve ter o mesmo destino visto no caso da Transbrasil: abater dívidas com o governo. A Receita Federal e os administradores das massas falidas, não deram informações sobre o valor dessa dívida das empresas com a União.

A Infraero que administra aeroportos, informou que tem a receber da Vasp e do grupo Varig (que inclui Rio Sul e Nordeste) R$ 534,7 milhões em tarifas aeroportuárias, entre elas de pouso e permanência nos aeroportos.


BANDIDAS PROCURADAS PELA POLÍCIA


Número de mulheres procuradas no Disque-Denúncia do Rio é recorde



Participação de criminosas na lista de procurados vem crescendo.
Segundo presidente da entidade, procura por recompensa é muito pequena.




Procuradas pelo Disque-Denúncia (Foto: Divulgação/Disque-Denúncia)


A ala feminina está engrossando as estatísticas dos foragidos da Justiça no Rio de Janeiro. Segundo o Disque-Denúncia, o número de mulheres que tem seu rosto estampado como procuradas chegou a oito, o maior desde que o serviço foi criado. O destaque entre elas é Heloísa Borba Gonçalves, a Viúva Negra. A recompensa por informações que levem à sua captura é de R$ 11 mil, a maior entre todos os 288 procurados de ambos os sexos.
Para estipular o valor da recompensa, o Disque-Denúncia leva em conta a relevância social da captura, que pode estar relacionada à periculosidade ou ao clamor popular provocado por suas ações. Os recursos vêm de doções da iniciativa privada. Mas o interesse pelo dinheiro é muito pequeno.
“O interessante é que pouca gente vai buscar a recompensa. Em certas ocasiões fica fácil identificar de onde veio a denúncia que levou à prisão, mas ninguém reivindica o valor. Tem o fator medo, mas acho que o que move mais as pessoas é a indignação, é ajudar a polícia no combate ao crime”, avaliou Zeca Borges, superintendente do Disque-Denúncia.

Crimes das mulheres são diversos

O número crescente de mulheres no rol dos foragidos veio do cruzamento de informações. “Com o passar do tempo, durante as buscas de alguns criminosos, observamos a presença de mulheres envolvidas com o crime. Daí, passamos a buscar com as autoridades mandados de prisão e informações sobre elas”, disse Zeca Borges.
Entre as procuradas estão assassinas, ladras, traficantes e estelionatárias. Há também o retrato falado de uma mulher acusada de deixar a filha recém-nascida na porta de um bar, em Itaboraí.
A folha de antecedentes criminais mais extensa, que justifica a alta recompensa, é a de Heloísa, a Viúva Negra, assim chamada por causa das acusações de ter matado alguns de seus ex-companheiros.
Viúva Negra, 62 anos, responde a processos por quatro homicídios e duas tentativas de homicídio. Também já foi condenada a quatro anos e meio de prisão pelos crimes de bigamia e falsidade ideológica.
A foragida é acusada de ter matado o militar Jorge Ribeiro, com quem era casado, em 1992, para ficar com seus bens. Antes, casou-se ao mesmo tempo com o comerciante aposentado Nicolau Saad, que morreu pouco tempo depois. Usou uma antiga procuração de Saad para transferir bens do falecido e acabou condenada por falsidade ideológica.
Em 2011, foi condenada a 18 anos pelo homicídio de Jorge Ribeiro, após faltar a quatro julgamentos.
Ela também é acusada de matar o ex-namorado Wargih Murad, que teria descoberto seu passado nebuloso, e o pedreiro que o acompanhava. É suspeita ainda de ter executado o filho de Wargih, Elid Murad, e de mandar matar o detetive contratado por ele para investigar a morte do pai.
Em 1983, já havia tido marido morto, após casamento com pacto nupcial. Na época, o crime foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), e por isso não chegou a ser processada.

Procurados do segundo escalão

Do lado masculino, figuram na lista de mais procurados os chefes do tráfico conhecidos como Pezão, Marcelo Piloto, Menor P, Guaguinho, e Scooby dos Macacos. Para a captura de cada um deles, a recompensa tem o mesmo valor: R$ 2mil.
O criminoso com a maior oferta de recompensa, de R$ 5mil, é o miliciano Carlos Ari Ribeiro, o Carlão. A captura de outro miliciano, Toni Ângelo Souza Aguiar, o Toni Ângelo, vale R$ 1 mil.
“Neste momento não existe ninguém do primeiro escalão”, afirmou Zeca Borges.
Nem todos os procurados têm recompensa para sua captura. O maior valor já oferecido pelo Disque-Denúncia, de R$ 100 mil, foi referente a Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A quantia não chegou a ser paga porque sua prisão não foi realizada através de informações fornecidas ao serviço.
O segundo valor mais alto, de R$ 50 mil, foi para encontrar Paulo César Silva dos Santos, o Linho, durante muito tempo o chefe do tráfico mais procurado do Rio. Como a polícia desconhece até mesmo se ele está vivo, deixou de constar na lista de procurados do Disque-Denúncia.
Zeca Borges ressalta a parceria que existe entre a entidade e a Secretaria de Estado de Segurança, que dá a palavra final sobre recompensas e alimenta o programa com informações. Zeca explica que, além das contribuições, uma família de vítima pode doar diretamente o dinheiro para a prisão de alguém específico. É o caso da Viúva Negra, cujos parentes dos Murad foram os responsáveis pela polpuda recompensa de R$ 11 mil.