Gaúchos transformam Expointer em festança com direito a
churrasco
Exposição também é motivo
de comemoração entre os participantes.
Evento é realizado em Esteio, no Rio Grande do Sul.
A
Expointer, em Esteio, no Rio Grande do Sul, atrai produtores dispostos a
investir no rebanho ou em lavouras. Apesar do ambiente de negócios, a feira
também é uma grande festa para os gaúchos. Os primeiros visitantes foram
recebidos com chuva e frio.
Os pavilhões que abrigam os animais logo ficaram lotados. Entre
o gado de corte, os animais de porte médio, da raça wagyu, vieram de Americana,
em São Paulo e pela primeira vez estão expostos no evento.
“É uma raça japonesa, que apresenta como principal
característica o marmoreio, que é a gordura entremeada na carne. Quanto mais
alto o marmoreio desse animal, mais alto será o valor dessa peça. Chega a R$
250 o quilo do contrafilé”, explica o veterinário Vilson Ronchi Júnior.
Se a ideia é exibir o que há de melhor nas propriedades, esta é
a época certa. “Visto que a gente a estação de monta no Rio Grande do Sul
começando no final de outubro e indo até meados de fevereiro e março, os
produtores buscam a genética na Expointer. Eles levam os animais às
propriedades para que se adaptem e sejam utilizados no campo”, diz o criador
Otávio Lorenzini.
A Expointer também é motivo de comemoração. E festa de gaúcho
tem que ter churrasco. O criador Júlio Saldanha, que levou oito ovelhas para
julgamento e venda, foi acompanhado por um grupo de amigos.
No pavilhão do gado leiteiro, além dos animais, os criadores
levam barraca, fogão e geladeira abastecida para não ter que sair de perto das
vacas. “Tem que ter cuidado especial com esses bichos porque são os melhores
que a gente traz para a feira. Então, temos cuidado 24 horas”, diz o tratador
Pedro Weber.
Esta também é a hora de se preparar para próxima safra. Então,
começa um namoro que vai até os dias finais da feira. Por enquanto, os
produtores querem conhecer melhor o objeto de desejo. Só depois assumem um
compromisso. “Eu preciso de uma colheitadeira. É o que eu estou vindo comprar
na feira”, diz o agricultor Lissandro Costa.
Mas no fim das contas, ninguém sai de mãos vazias. No pavilhão
da agricultura familiar, 190 estandes oferecem as delícias produzidas pelas
agroindústrias do estado.
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