sábado, 26 de novembro de 2011

Operação da PF

Operação da PF em Rondônia leva à demissão de dois chefes do Dnit


Superintendentes de Rondônia e Acre e de Pernambuco foram exonerados.
Operação Anjos do Asfalto apura desvio de mais de R$ 30 milhões em RO.


O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, assinou nesta sexta-feira (25) a demissão de dois superintendentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ambos suspeitos de envolvimento em desvios de verba federal em obras rodoviárias em Rondônia.

Segundo informou a assessoria de imprensa do ministério, deixaram o cargo o chefe do órgão em Rondônia e Acre, José Ribamar da Cruz, e em Pernambuco, Divaldo de Arruda Câmara, que pediu a exoneração. O G1 tentou contato com ambos nos estados, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
As demissões decorrem da Operação Anjos do Asfalto, deflagrada nesta sexta pela Polícia Federal, que investiga desvio de mais de R$ 30 milhões no asfaltamento da BR-429, que liga o município de Presidente Médici à Costa Marques, em Rondônia.

O Ministério dos Transportes confirmou as demissões e disse que o ministro tem dado todo o apoio necessário para a investigação, junto à Controladoria-Geral da União.

Ao todo, a PF cumpre 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em sete estados: Minas Gerais, Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí, Acre, e também no Distrito Federal. A operação mobiliza mais de 160 policiais federais e 20 analistas da CGU.

Segundo a investigação, que durou sete meses, há indícios de que a construtora responsável pela obra utilizou material de baixa qualidade e não tem executado serviços nos termos do contrato, descumprindo o projeto.

Os agentes públicos responsáveis pela fiscalização e acompanhamento da execução da obra seriam coniventes e omissos em relação às irregularidades, recebendo propina, além de atuarem em conjunto com a empresa executora com o objetivo de driblarem a fiscalização de órgãos de controle, informou a PF.

Há indícios de crimes como formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e ativa.

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