Bolsonaro questiona sexualidade de Dilma: 'Se gosta de homossexual, assuma'
Brasília - Famoso por seu envolvimento em polêmicas, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criticou na tarde desta quinta-feira as políticas pró-homossexuais do governo e questionou a sexualidade da presidenta da República, Dilma Rousseff.
“Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”, declarou na tribuna ao se referir ao kit anti-homofobia, cartilha feita pelo Ministério da Educação com intuito de combater o preconceito contra homossexuais nas escolas. A distribuição do kit foi suspensa por determinação da presidente.
O discurso foi repreendido pelo colega Alfredo Sirkis (PV-RJ), que disse ter presenciado palavras de ódio e preconceito. "Se entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria presidente da República, quando acho que a opção sexual de qualquer ser humano, deputado, é uma questão de foro íntimo”, explicou.
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, Dilma não se pronunciará sobre as declarações do deputado.
PF prende 16 suspeitos de fraudar o INSS
Rio - Agentes da Polícia Federal já prenderam 16 pessoas, nesta quinta-feira, acusados de fraudar o INSS. Uma pessoa ainda está foragida. Entre os presos estão cinco servidores do INSS. Cerca de 160 policiais e técnicos da Previdência Social participam da operação, batizada de Miragem e Caixa Preta, cumprindo os mandados na área metropolitana do Rio. Os suspeitos usavam o nome de pessoas que morreram em acidentes aéreos para receber os benefícios. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 3 milhões.
A ação visa cumprir 17 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão, sendo que entre os mandados de prisão, cinco são em nome de servidores do INSS e o restante em nome de outros intermediários do esquema. As investigações foram iniciadas para apurar ilegalidade no requerimento e no saque de benefícios previdenciários e assistenciais por despachantes e servidores autárquicos que inseriam informações fictícias nos sistemas previdenciários e falsificavam documentos públicos, visando à concessão de benefícios da prestação continuada, pensões por morte e aposentadorias irregulares.
A investigação apontou que entre os nove benefícios recebidos irregularmente ligados à acidentes aéreos, quatro deles envolviam o acidente da Gol em 2006, que causou a morte dos 154 ocupantes; dois diziam respeito à tragédia com o avião da TAM em Congonhas, que culminou na morte de 187 pessoas em 2007; e três tratavam de supostos familiares de vítimas da queda do avião da Air France, em 2009, que deixou 228 pessoas mortas.
De acordo com a superintendente regional do INSS Sudeste II, Maria Alice Rocha Silva, as agências envolvidas no golpe, São João de Meriti e Santa Cruz, nunca tiveram fraudes constatadas antes deste caso. Toda a investigação foi possibilitada por denúncias feitas através da central telefônica 135. "Faço um apelo à população. Quando alguém oferecer participação de algum esquema deste tipo pode fazer a denúncia. O anonimato é garantido", pediu.
Entre os parentes "fantamas" das vítimas de tragédias, alguns eram menores de idade. Sendo assim, o INSS tinha a obrigação de pagar benefícios retroativos desde a época do óbito do susposto familiar. Houve alguns casos em que a pessoa recebeu, de uma vez só, R$ 50 mil através do esquema fraudulento.
A organização criminosa atuava a partir da falsificação de documentos públicos e da inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social, com o objetivo de requerer e sacar benefícios previdenciários e assistenciais fraudados. Os investigados, dependendo da participação, responderão por estelionato, inserção de dados falsos em sistemas de informação, falsidade ideológica, falsificação de documento público, advocacia administrativa e formação Inicialmente foram identificados cerca de 160 benefícios fraudulentos ou com sérios indícios de irregularidade. A operação é realizada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social, por meio da Força Tarefa Previdenciária, após um ano de investigações.
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