sábado, 29 de outubro de 2011

Brincadeira...

Governo reduz tributo e Petrobras eleva preço de combustível
Por Sabrina Lorenzi e Marcelo Teixeira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras vai elevar os valores da gasolina e do óleo diesel no atacado, ao mesmo tempo em que o governo reduz a tributação sobre esses produtos para evitar o repasse para os preços nas bombas.
A petroleira elevará em 10 por cento o preço da gasolina e em 2 por cento o preço do óleo diesel nas refinarias a partir de 1o de novembro, informou em comunicado nesta sexta-feira, confirmando informação repassada à Reuters pouco antes por uma fonte com conhecimento da medida.
O Ministério da Fazenda havia informado anteriormente, em nota, que seriam reduzidas as alíquotas da taxa Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina e o óleo diesel.
O objetivo, segundo nota do Ministério, é "amenizar flutuações de preços internacionais do petróleo e garantir a estabilidade dos preços dos combustíveis".
A medida combina as necessidades da petroleira, que vem mantendo preços defasados em relação ao mercado internacional, com a preocupação do governo de evitar novas pressões sobre a inflação.
A Petrobras buscava há algum tempo a anuência do governo para aumentar o preço dos combustíveis para aliviar o caixa da empresa após aumentos de custos, principalmente com importações de gasolina em meio ao grande consumo de combustíveis no mercado brasileiro.
Neste trimestre, o impacto sobre as importações será agravado pela alta do dólar.
Segundo a Fazenda, a partir de 1o de novembro e até 30 de junho de 2012 a alíquota da Cide para a gasolina passará de 0,192 real para 0,091 real por litro. No caso do óleo diesel, irá de 0,07 real para 0,047 real por litro.
Uma fonte do governo informou que a elevação da gasolina e do diesel nas refinarias será exatamente proporcional à queda da Cide, o que vai neutralizar a medida para os preços no varejo, como deseja o Planalto, que se esforça para manter a inflação sob controle. Existe uma preocupação de que a inflação estoure o teto da meta oficial neste ano, de 6,5 por cento pelo
IPCA.

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