quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estradas brasileiras

57% das estradas brasileiras têm deficiência, diz CNT

BRASÍLIA - A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou pesquisa nesta quarta-feira que mostra que 57,4% das estradas brasileiras apresentam deficiências, sendo que 26,9% estão em estado crítico, isto é, foram classificadas como ruins e péssimas. O levantamento percorreu 92.747 quilômetros de rodovias pavimentadas cobrindo toda a malha federal pavimentada e os principais trechos de estradas estaduais e concedidas.
Em relação a 2010, o número de pontos críticos onde há elevado risco de acidente cresceu de 109 para 219. A CNT diz que o Brasil precisa investir R$ 200 bilhões em infraestrutura rodoviária, mas o governo só aplicou R$ 9 bilhões no ano passado.
O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, defendeu a melhor regulamentação pelo governo das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para atrair maiores investimentos. Ele disse que a precariedade das estradas brasileiras causa prejuízos econômicos e mortes. Ainda de acordo com o diretor, o investimento federal em 2010 alcançou R$ 9 bilhões e foi o maior dos últimos anos. Mas segundo o diretor, o valor mostro-se insuficiente para reverter a situação.
Indagado sobre os problemas de corrupção no setor envolvendo não apenas o poder público, mas também as empresas que superfaturam preços, o diretor disse que o governo precisa fazer uma faxina.
- O governo precisa se readequar, mudar a sua estrutura gerencial. Precisa fazer de fato uma faxina.
De acordo com a pesquisa, 12,6% das estradas apresentam estado geral ótimo; 30% bom; 30,5% regular; 18,1% ruim e 8,8% péssimo.
A situação é bem diferente nos trechos concedidos à iniciativa privada onde há cobrança de pedágio: 48% ótimo; 38,9% bom; 12% regular; 1,1% ruim e 0% péssimo.
A CNT listou as dez melhores e as dez piores ligações rodoviárias no país, que incluem trechos de diferentes estradas. A melhor ligação inclui as seguintes rodovias: SP-255, SP-280/BR 374, ligando São Paulo a Itaí (SP) e Espírito Santo do Turvo (SP). A pior ligação é da do trecho Belém, no Pará, a Guaraí, em Tocantins, que inclui as seguintes rodovias: BR-222, PA (150,151,252,287,447,475 e 483) e TO-336.

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