segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


EUA anunciam acordo entre Iraque e ONU sobre campo de refugiados iranianos

Washington, 25 dez (EFE).- O Governo do Iraque e a ONU assinaram neste domingo um acordo sobre a realocação temporária dos mais de 3.000 refugiados iranianos do acampamento de Ashraf, situado em território iraquiano, anunciou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
"Damos as boas-vindas a este importante passo rumo a uma solução humanitária para a situação em curso em Ashraf", disse Hillary em comunicado, no qual também felicitou o Governo do Iraque por trabalhar para conseguir o acordo com o embaixador Martin Klober, representante especial das Nações Unidas.
Segundo Hillary, o acordo representa um "avanço significativo e perfila os passos necessários para conseguir uma solução pacífica e viável para os assentados de Ashraf, incluindo sua realocação temporária em uma antiga base militar dos EUA perto do aeroporto internacional de Bagdá.
"Sentimo-nos encorajados pela vontade do Governo iraquiano a se comprometer com o plano e esperamos que possa cumprir com todas as suas responsabilidades, especialmente as relacionadas com velar pela segurança dos moradores de Ashraf", ressaltou a chefe da diplomacia americana.
Tanto as Nações Unidas como o pessoal da embaixada dos EUA visitarão com regularidade os refugiados em sua nova localização, detalhou Hillary, expressando também sua satisfação com o Governo iraquiano por sua vontade de atrasar o fechamento definitivo do acampamento de Ashraf e dar assim tempo para um acordo.
A gestão do acampamento de Ashraf esteve a cargo das forças dos EUA desde a invasão do Iraque, em março de 2003, até 2009, quando passou para mãos iraquianas.
Desde então, os iranianos que moram nele denunciaram em várias ocasiões agressões cometidas pelas autoridades do Iraque.
Os milhares de refugiados fazem parte da organização opositora iraniana Mujahedin-e-Khalq, considerada terrorista por Teerã, e residem desde a década de 80 em uma zona fronteiriça da província iraquiana de Diyala com o temor de serem devolvidos a seu país.

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