Para evitar a pressão alta, consuma até uma colher de chá de sal por dia
Média de consumo diário do
brasileiro, porém, é mais que o dobro disso.
Cerca de 25% da população tem hipertensão, que costuma ser silenciosa.
Cerca de 25% da população tem hipertensão, que costuma ser silenciosa.
As pessoas comem sal o
tempo todo, muitas vezes sem perceber. Não é porque você não adicionou o
condimento à comida que ela já não esteja salgada o suficiente – e até mais que
o recomendado.
Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, os brasileiros
devem ingerir no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de
chá. A média de consumo, porém, é de 12 gramas diários.
Quando
o pai e a mãe são hipertensos, a chance de o filho ter pressão alta é de 60%. E
metade dos casos de hipertensão – que atinge 25% da população – é causada pelo
excesso de sal, composto por cloreto de sódio (40%) e cloreto de potássio.
Segundo a cardiologista Ludmila Hajjar e o nefrologista Décio Mion, um pacote
de 1 kg deve durar quase dois meses para uma família de quatro pessoas.
A médica destacou ainda
que pressão baixa não é doença nem deve ser tratada com sal. E, para medir
corretamente a pressão arterial, é preciso procurar um profissional qualificado
e estar em repouso por pelo menos 30 minutos.
Para
saber a quantidade de sal em um alimento, basta multiplicar o valor de sódio no
rótulo de um alimento por 2,5. Exemplo: algo com 500 mg de sódio tem 1,25 g de
sal.
Alimentos
prontos – como congelados, enlatados e produtos em conserva – já são bastante
condimentados por si sós, porque o sódio age como conservante, para prolongar a
vida útil do conteúdo.
Se você passar da medida
de sal, pode sofrer também de doenças cardiovasculares, problemas renais e até
câncer.
Os
doces e os refrigerantes também contêm sódio/sal. Além deles, as massas
instantâneas, pães francês e de forma, bisnaguinhas, bolos prontos, batata
frita e palha apresentam alta concentração.
Efeitos da hipertensão
A maioria dos hipertensos não sente nada. O problema não dá sinais nem sintomas de que já está instalado no organismo. Alguns indivíduos, porém, têm tontura, vista embaçada, palpitação e dor de cabeça, além de zumbido no ouvido e visão de pontos brilhantes.
A maioria dos hipertensos não sente nada. O problema não dá sinais nem sintomas de que já está instalado no organismo. Alguns indivíduos, porém, têm tontura, vista embaçada, palpitação e dor de cabeça, além de zumbido no ouvido e visão de pontos brilhantes.
O
excesso de sal ajuda a reter líquidos e aumentar o volume e a pressão
sanguíneos. O sangue bombeado com mais força agride o revestimento dos vasos
(endotélio), provoca pequenas cicatrizes e contribui para o entupimento das
artérias.
As
consequências da hipertensão nos diversos órgãos estão relacionadas
principalmente à lesão dos vasos e à sobrecarga para o funcionamento deles.
Como
o coração é um músculo, ao fazer mais força ele aumenta de tamanho – da mesma
forma que o bíceps de um halterofilista. Essa hipertrofia dificulta ainda mais
a chegada de oxigênio e nutrientes.
Se
um trombo se formar em um vaso cardíaco, pode ocorrer um infarto, que é a morte
desse tecido. Caso a mesma lesão aconteça em um vaso que irriga o cérebro, pode
haver um acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame.
Dicas para controlar a hipertensão
Perder peso é a forma mais efetiva de baixar a pressão sem usar remédios. E não é necessário emagrecer demais: em média, uma redução de 5 kg diminui a pressão em 5 mm Hg.
Perder peso é a forma mais efetiva de baixar a pressão sem usar remédios. E não é necessário emagrecer demais: em média, uma redução de 5 kg diminui a pressão em 5 mm Hg.
Fazer
exercícios também ajuda no controle da hipertensão, melhora o nível de
colesterol e o índice glicêmico. O objetivo deve incluir 30 minutos de
atividade aeróbica pelo menos três vezes por semana.
Além
disso, beber álcool em quantidade moderada traz benefícios cardiovasculares,
mas o consumo de mais de dois drinks por dia já eleva a pressão.
Meta brasileira
Até 2022, o Brasil espera atingir os 5 gramas diários de consumo de sal, como parte do Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT).
Até 2022, o Brasil espera atingir os 5 gramas diários de consumo de sal, como parte do Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT).
A
indústria de alimentos também aderiu ao objetivo, e assinou um termo de
compromisso com o Ministério da Saúde para estabelecer um plano de redução
gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando
por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas.
Até
o fim de 2011, será a vez dos biscoitos (cream cracker, recheados e maisena),
embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame e
mortadela), caldos e temperos, margarinas vegetais, maioneses, derivados de
cereais, laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão) e refeições prontas
(pizza, lasanha, sopas e papinha salgada).
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