Síria atribui à Al Qaeda
explosões desta 6ª feira em Damasco
Cairo, 23 dez (EFE).- Duas
explosões atingiram nesta sexta-feira as imediações de dois edifícios da
Segurança Central em Damasco, segundo a agência de notícias estatal
"Sana", que apontou que a organização terrorista Al Qaeda estaria por
trás dos atentados.
Em
comunicado, a "Sana" destacou que as investigações preliminares
apontam a Al Qaeda como responsável pelas explosões, que ocorreram perto do
edifício da Segurança do Estado e de uma filial do mesmo departamento na
capital síria.
A
agência destacou que as duas operações terroristas foram executadas por
suicidas com carros-bomba.
A
emissora de televisão síria mostrou imagens de inúmeros danos causados na área,
assim como de vários corpos carbonizados, embora ainda não haja estimativas de
quantas pessoas teriam morrido nos ataques.
Além
disso, o Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que foram escutados
fortes disparos na região em uma nova jornada de violência, no dia seguinte à
chegada da primeira delegação de observadores da Liga Árabe para comprovar a
cessação da violência no país.
O
Observatório acrescentou que reforços militares chegaram nesta manhã à
localidade de Dael, na província de Deraa, para efetuar uma campanha de
detenções.
Segundo
os opositores Comitês de Coordenação Local, ao menos quatro pessoas morreram
nesta sexta-feira, que se somam às 41 que perderam a vida na quinta como
consequência da repressão do regime em distintas localidades do país.
Estes
novos atos violentos foram registrados depois da chegada de um grupo de
analistas da Liga Árabe para comprovar no território que o regime cumpre a
iniciativa árabe para solucionar a crise no país, que estipula, entre outros
pontos, o fim da violência.
Na
quinta, a agência estatal divulgou que o governo enviou uma carta à Assembleia
Geral e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na qual cifrou em mais de 2
mil o número de membros das Forças Armadas mortos nos últimos meses.
Desde
que começaram os protestos, em março, mais de 5 mil pessoas morreram pela
repressão governamental, segundo a ONU, apesar de Damasco culpar grupos
terroristas da violência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário