6 formas de
saber se o seu país está mal das pernas
Invasão de mosquitos, propagandas mais apelativas
e até as cores das gravatas podem indicar uma crise econômica se instalando em
seu país.
É fácil saber quando a situação financeira de nossos pais ou da nossa casa está indo mal. Um dos indicativos, por exemplo, é ver a mudança dos produtos que se costumava comprar: se aquele achocolatado em pó de qualidade e preço “salgado” foi trocado por um de cor mais pálida e marca desconhecida, é sinal de que alguém está pensando mais ao fazer a compra do mês.
É fácil saber quando a situação financeira de nossos pais ou da nossa casa está indo mal. Um dos indicativos, por exemplo, é ver a mudança dos produtos que se costumava comprar: se aquele achocolatado em pó de qualidade e preço “salgado” foi trocado por um de cor mais pálida e marca desconhecida, é sinal de que alguém está pensando mais ao fazer a compra do mês.
Mas se observamos algumas situações semelhantes em
nossa sociedade, também é possível deduzir que a situação econômica de nosso
país ― e até do mundo ― está em crise. Confira, a seguir, algumas “dicas” que o
cotidiano nos dá sobre uma possível crise financeira.
Invasão de pernilongos
Uma das consequências de uma economia em declínio é a repentina invasão de insetos, principalmente pernilongos, dentro de casas e escritórios espalhados pela cidade. A princípio, parece óbvio que a crise fez com que a prefeitura cortasse alguns gastos com o controle dessas criaturas, mas algo ainda mais sutil pode estar acontecendo.
A crise faz com que pessoas se mudem e não possam
comprar ou alugar imóveis tão facilmente. Assim, muitas casas ficam fechadas,
abandonadas, e uma grande parcela delas possui piscinas, que podem ter ficado
com algum resto de água parada. Além disso, mesmo que não estejam entregues
literalmente às moscas, muitas famílias precisam fazer contenções de gastos e,
nesse caso, a manutenção das piscinas acaba sendo um dos primeiros custos a ser
cortado.
Normalmente, isso quer dizer que teremos muitos
insetos inofensivos e que, no máximo perturbarão o sono da família toda. Mas já
que a dengue é um problema em algumas cidades brasileiras e o Aedes
aegypti precisa de água parada para se reproduzir, vale a pena ficar
de olho no quintal alheio e, se necessário, conversar com o vizinho.
Atendentes mais bonitas e taxistas com
mestrado
Este é um assunto polêmico e que gera muita discussão, mas alguns
economistas acreditam que, na presença de uma crise financeira, as atendentes
daquele seu café ou bar favorito tendem ser substituídas por profissionais mais
bonitas ou bem arrumadas. E não é porque as pessoas ganharam aumento e podem,
agora, se dar ao luxo de investir em sua beleza.
De acordo com a seleção de indicativos de crise levantada
por Pauli Poisuo, diante de uma situação financeira difícil e da ameaça de
desemprego, pessoas com mais estudo ou mais condições monetárias precisam
aceitar cargos com uma remuneração mais baixa. Por isso, em tempos de recessão,
acaba sendo mais frequente a presença de garçonetes bem produzidas ou taxistas
pós-graduados em áreas diversas, por exemplo.
A cor da gravata e a autoestima de quem
a veste
De acordo com um estudo publicado pela Associação de
Cores dos Estados Unidos sim, tal órgão existe,
é possível
deduzir se um profissional está em uma fase boa ou ruim de acordo com a cor da
gravata que ele está usando. Normalmente, pessoas confiantes e com poucas
preocupações tendem a usar gravatas com cores mais vivas ou brilhantes.
Porém, quando os “homens de negócio” estão passando
por uma crise econômica, a baixa autoestima ou preocupação com a falta de
dinheiro é refletida na hora de escolher a gravata para ir ao escritório.
Nesses casos, a cor escolhida do acessório tende a ser mais sóbria e até mesmo
apagada, como o bege.
Mas por que a gravata? A explicação é simples:
dificilmente alguém ousaria trabalhar vestindo um terno amarelo ou pink. Por
isso, a única peça que permite um pouco de variação para esses profissionais é
a gravata. Agora você já sabe: se os engravatados da sua cidade estiverem
usando verde-limão no colarinho, comemore, pois a situação está boa. Caso
contrário, é hora de economizar.
Mudança nos tipos de crimes praticados
Outra forma de perceber que algo vai errado com a economia é a mudança no perfil de crimes e infrações praticados pelos habitantes de um país. Com dinheiro sobrando, as pessoas festejam mais e, inevitavelmente, bebem mais. Logo, em tempos de recessão há uma queda de apreensões ou autuações de motoristas bêbados.
Curiosamente, apesar de toda a crise pela qual os
Estados Unidos têm passado, os crimes contra a propriedade têm diminuído e
levado alguns teóricos a questionar suas crenças. Porém, uma das
razões para isso pode ser um melhor uso dos dados levantados pela polícia ou o
fato de que o governo decidiu não cortar verbas destinadas à segurança. Porém,
a incidência de um crime curioso tem aumentado naquele país: o roubo de cães.
De acordo com a MSNBC, o crescimento da crise econômica tem
aumentado o roubo de cachorros. As causas são diversas e vão desde pessoas que
querem ter um animal de estimação, mas não podem pagar por ele, até ladrões que
perceberam que os animais custam caro e podem ser bastante procurados ou
valorizados no mercado negro.
Propagandas mais apelativas
Em tempos difíceis, as empresas tentam vender seus
produtos a qualquer custo. E, não necessariamente, isso significa um belo
desconto ou baixa de preços. O que acontece é que as propagandas de grandes
marcas começam a ficar mais agressivas e apelativas, chegando até a ofenderem
seus concorrentes de maneira aberta e descarada.
Outra mudança pode ser observada nas propagandas
das forças armadas. Nos Estados Unidos, as propagandas do exército, que antes
tentavam criar uma boa imagem do serviço militar e incentivar o alistamento de
jovens, passaram a dizer que o serviço é difícil e que pouca
gente está apta para aguentá-lo. A fórmula é simples: em tempos de desemprego,
mais pessoas consideram a carreira militar como uma forma de ganhar a vida.
Logo, sobram voluntários atrás de uma atividade remunerada.
Escapismos: romances baratos e
infidelidade
Devido ao alto nível de stress, as pessoas precisam encontrar algum tipo de entretenimento barato e que traga o mínimo de diversão para suas vidas. Por isso, em tempos de crises, livros de romance que antes eram considerados fracos e mal-escritos costumam vender como água. E, de acordo com o New York Times, os livros de ficção científica e fantasia, capazes de transportar seus leitores para outros mundos, também são mais procurados nesses períodos.
Outro segmento que sofre mudanças nesses períodos é
o da pornografia. De acordo com um estudo publicado no Boletim de Psicologia Social e de Personalidade,
as preferências mudam durante os tempos de crise econômica: homens deixam de
preferir mulheres com corpos perfeitos e idealizados e passam a exigir algo
mais realista, mais próximo do que podem conseguir em suas vidas. Por isso, as
playmates dos anos mais difíceis eram mais gordinhas ou mais velhas do que o
normal.
E ao contrário do que se poderia imaginar, quando a
grana está curta é que as pessoas traem mais seus parceiros ou parceiras.
Apesar de pesquisadores terem
notado uma queda na performance sexual dos entrevistados, estudos também
constataram que tanto os homens quanto as mulheres passaram a trair mais
durante a recessão. É como se, por se sentirem ameaços, os humanos sentissem a
necessidade de proliferar. Teorias biológicas à parte, o fato é que poucos
admitiram que essas “escapadinhas” do casamento causaram danos irreparáveis ao
relacionamento. A maioria continuou muito bem casada apesar disso.
Lembre-se que essas dicas listadas pelo Cracked acabam
confirmando a teoria: observar o presente é a melhor maneira de se preparar
para o que acontecerá em alguns meses ou anos. Portanto, não se esqueça de
prestar muita atenção ao seu redor e, principalmente, de anotar as cores de
gravata que você por aí.
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