Senado aprova desvinculação das receitas da União até 2015
Só em 2012, mecanismo libera R$ 62,4
bilhões para o Executivo.
Proposta era considerada prioritária para o governo combater crise.
Proposta era considerada prioritária para o governo combater crise.
O plenário do Senado
aprovou nesta terça-feira (20), por 55 votos a 13 e uma abstenção, a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga por mais quatro anos a
Desvinculação das Receitas da União (DRU).
A
proposta segue agora para promulgação pelo Congresso Nacional, o que deve
acontecer nesta quarta (21).
A
PEC, apresentada em agosto pelo Executivo, era considerada prioritária pelo
governo para combater a crise econômica internacional. Com o mecanismo, válido
desde 1994, o Executivo pode manejar livremente até 20% de suas receitas
anuais. Só em 2012, serão R$ 62,4 bilhões, segundo o Ministério do
Planejamento. O restante da arrecadação fica vinculado a despesas definidas
previamente na lei orçamentária.
Para o líder do governo
no Senado, Romero Jucá, a aprovação representou "um presente de Natal para
o país".
"É
um instrumento importante para a governabilidade. É importante enfrentar a
crise internacional, é importante manter a responsabilidade fiscal, e a DRU
ajuda a fazer tudo isso", disse Jucá.
A
aprovação, segundo ele, representa uma vitória para o governo,
independentemente dademora em
conseguir quórum para
aprovar a proposta na última semana de trabalho do Congresso neste ano.
"A
base tem votado unida no momento que precisa votar unida", disse e
reiteirou: "É sempre necessário convencer, articular e fazer com que a
base entenda a importância do projeto", independente, disse ele, da
liberação de emendas (recursos) e "bondades" para a base.
A
ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, minimizou que a vitória
no Congresso tenha ocorrido às custas da liberação a mais de emendas para os
parlamentares. Segundo ela, a base "estava absolutamente convencida"
da importância da votação e não houve dificuldades. Para ela, a liberação de
emendas é parte de uma movimentação "normal" do governo, realizada
todo fim de ano. "Foi uma votação boa. Agora vou cuidar do
Orçamento", disse.
Tramitação
No Senado, a votação em primeiro turno ocorreu no último dia 8 de dezembro. Desde então, a oposição não conseguiu apresentar emendas (mudanças), cuja votação poderia atrasar a tramitação da proposta.
Tramitação
No Senado, a votação em primeiro turno ocorreu no último dia 8 de dezembro. Desde então, a oposição não conseguiu apresentar emendas (mudanças), cuja votação poderia atrasar a tramitação da proposta.
Durante
as discussões, na Câmara e no Senado, partidos de oposição argumentaram que o
mecanismo já não é mais necessário e propuseram que a vigência fosse encurtada,
para terminar em 2013. Alguns parlamentares da base aliada, especialmente do
PDT, fizeram restrições, argumentando que a DRU poderia tirar recusos
destinados à seguridade social.
A tramitação na Câmara dos Deputados, onde a PEC recebeu 68 emendas, todas rejeitadas, foi encerrada apenas no último dia 22 de novembro. Para acelerar a tramitação e evitar atrasos com obstruções, o Executivo chegou a enviar duas PECs idênticas com a prorrogação, uma para cada Casa.
A tramitação na Câmara dos Deputados, onde a PEC recebeu 68 emendas, todas rejeitadas, foi encerrada apenas no último dia 22 de novembro. Para acelerar a tramitação e evitar atrasos com obstruções, o Executivo chegou a enviar duas PECs idênticas com a prorrogação, uma para cada Casa.
Acabou
prevalecendo, porém, o texto que tramitou primeiro na Câmara dos Deputados. Nas
duas Casas do Congresso, o governo buscou seguir à risca as regras de
tramitação previstas nos regimentos internos. Na Câmara, a oposição ameaçou
recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso o intervalo para discussão entre as
votações de primeiro e segundo turno fosse reduzido.
Plano Plurianual
Ainda no início da tarde desta terça, o Congresso, aprovou, em sessão conjunta de deputados e senadores, o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. A lei define diretrizes, metas e prioridades do governo para os próximos quatro anos, prevendo o quanto será gasto nas principais políticas públicas.
Plano Plurianual
Ainda no início da tarde desta terça, o Congresso, aprovou, em sessão conjunta de deputados e senadores, o Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. A lei define diretrizes, metas e prioridades do governo para os próximos quatro anos, prevendo o quanto será gasto nas principais políticas públicas.
No
relatório aprovado, foi prevista despesa total de R$ 5,4 trilhões. Desse
montante, R$ 2,5 trilhões deverão ser aplicados na área social, composta de 25
programas. Outro R$ 1,2 trilhão deverá ser destinado a investimentos em
infraestrutura.
O
relator do texto, senador Walter Pinheiro (PT-BA), disse que incluiu no PPA a
previsão de que o Executivo atualize anualmente a lei, para fiscalização pelo
Legislativo.
Está prevista para esta quarta-feira (21) a votação do Orçamento de 2012, que define as receitas e despesas da União para o ano que vem.
Está prevista para esta quarta-feira (21) a votação do Orçamento de 2012, que define as receitas e despesas da União para o ano que vem.
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