Fechando a troca por Shalit,
Israel liberta neste domingo 550 palestinos
Jerusalém, 18 dez (EFE).- Israel vai colocar neste domingo em liberdade 550 palestinos, na segunda fase da troca de presos pelo soldado Gilad Shalit, libertado há dois meses após passar cinco anos sequestrado em poder de milícias palestinas.
Apenas
dois presos permanecerão encarcerados, por terem cometido crimes contra vida. A
maioria deve ser libertada na Cisjordânia, por meio do posto de controle de
Betunia, perto de Ramala. Um grupo de 41 retornará a Gaza pela passagem de
Kerem Shalom.
Como
indicou à Agência Efe a porta-voz do Serviço Penitenciário israelense, Sivan
Weizman, a libertação começará às 22h (18h de Brasília).
Qadura
Fares, histórico dirigente palestino, acusou Israel de planejar a libertação ao
entardecer para retardar o retorno dos palestinos "para sua terra
natal" e evitar que "a imprensa mostre sua causa", informa a
agência oficial palestina "Wafa".
Os
presos foram reunidos nas penitenciárias de Ayalon, situada entre Jerusalém e
Tel Aviv; e de Ofer, perto de Ramala.
Esta
segunda lista de reclusos - com dois presos de Jerusalém Oriental e outros dois
jordanianos - foi elaborada por Israel (como marcavam os termos da troca), por
isso não inclui membros do Hamas e do Jihad Islâmico.
A
maioria estava condenada a penas máximas de cinco anos, com grande parte perto
de concluir o cumprimento da pena. Cerca de 300 pertencem ao movimento
nacionalista Fatah, liderado pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Mahmoud Abbas.
Entre
os libertados figura o franco-palestino Salah Hamuri, membro da Frente Popular
para a Libertação da Palestina (FPLP) detido em 2005 por planejar o assassinato
em Jerusalém do líder espiritual do partido ultra-ortodoxo sefardita Ovadia
Yosef.
Na
sexta-feira, como se esperava, a Corte Suprema eliminou o último impedimento
sobre a conclusão da troca, cuja materialização chegou a ficar em dúvida neste
mês pela última escalada de violência entre Israel e as milícias de Gaza.
Na
primeira metade da troca, Israel libertou 477 presos palestinos (incluídos
responsáveis diretos de atentados que deixaram dezenas de mortos) em troca do
soldado Shalit, que havia sido capturado cinco anos antes por três milícias
palestinas, entre elas o braço armado do Hamas.
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