Para fugir de caos, turista paga
até jatinho particular
Quando chegam as férias de fim de ano, quem planeja
uma viagem sempre leva em conta a situação dos aeroportos, geralmente caótica
nesta época. Voos cancelados, atrasos na decolagem e no pouso, extravio de
malas, ameaça de greve de aeroviários. Para quem pode pagar mais para evitar
essa chateação, uma viagem de férias sem filas de check-in ou tumulto na
esteira de bagagem é possível. Hotéis e empresas de aviação executiva já estão
vendendo um novo tipo de pacote: nele, a parte aérea é feita de jatinho.
Funciona assim: por
um valor fixo, o cliente embarca em um hangar no Aeroporto de Congonhas - sem
passar pelo saguão - e desembarca já dentro do hotel, em uma pista de pouso
exclusiva. As malas seguem direto para o quarto, a diária tem café da manhã e
jantar inclusos e, na volta, o jatinho está lá esperando no horário combinado.
A exclusividade se reflete no preço: um fim de semana não sai por menos de R$
30 mil por casal.
Um pacote oferecido
pela Global Aviation, por exemplo, saindo de São Paulo e pousando dentro do
resort Kiaroa, na Península de Maraú, na Bahia, custa exatos R$ 34 mil. A mesma
viagem em avião comercial sairia pelo menos 70% mais em conta.
"Mas tem a
facilidade, o conforto e a certeza de que vou e volto sem atrasos,
cancelamentos e overbooking", diz um executivo que viajou há algumas
semanas com a mulher em um pacote com jatinho para a Bahia. "Viajo
bastante de avião comercial, mas os voos estão em nível inaceitável, tanto em
segurança quanto em atendimento ao passageiro. Os aeroportos brasileiros são de
quinta categoria", acrescenta.
Segundo o presidente
da Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV-SP), William José
Périco, esse tipo de pacote diferenciado ainda vai virar tendência no Brasil.
"Nos Estados Unidos já é comum para curtas distâncias. Tem tudo para pegar
aqui também." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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