ENTRANDO NA
FILA DO SUPREMO
Mudou: Medidas de segurança para caixas eletrônicos fazem parte da legislação que foi derrubada pelo judiciário
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu as
leis que estavam em vigor no estado do Rio disciplinando a prestação de
serviços bancários. A decisão resulta de uma análise por parte do judiciário
sobre a alegação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos)de que a
legislação era inconstitucional, e alterou uma série de determinações que as
agências bancárias deveriam seguir.
Segundo o deputado estadual Edson Albertassi
(PMDB), a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) - através
da Procuradoria Geral do Estado - irá acionar o STF (Supremo Tribunal Federal)
contra a decisão do STJ.
Pela revogação, as agências bancárias estariam
livres da obrigação de cumprir as leis estaduais que determinam a colocação de
assentos nas filas especiais para aposentados, pensionistas, gestantes e
deficientes físicos; a instalação de banheiros e bebedouros para atendimento
aos clientes; a disponibilização de cadeira de rodas para os idosos; e a adoção
de medidas de segurança em favor de consumidores usuários de caixas
eletrônicos.
De acordo com o STJ, a legislação estadual estaria
deliberando sobre o funcionamento interno das agências bancárias, quando essa
deveria ser da competência do munícipio.
Albertassi disse respeitar a decisão do STJ, porém
destacou discordar da revogação. O governador Sérgio Cabral (PMDB) acionou a
Procuradoria Geral do Estado para que seja feita uma análise da situação.
- A lei foi aprovada pela Alerj e sancionada pelo
governador. Entendemos que essa é uma questão que cabe ao estado e que
contribui para o bom atendimento da população na rede bancária - disse.
À espera
O vereador Paulo Conrado (PSD) considerou a
revogação da legislação um retrocesso no que diz respeito ao atendimento ao
consumidor. Segundo ele, caso a Assemblei Legislativa não tenha êxito na
tentativa de reverter a situação, a Câmara Municipal de Volta Redonda irá
apresentar projetos para garantir as medidas que estão suspensas.
- Oferecer este tipo de serviço representa um custo
ínfimo para os bancos e significa a melhoria no atendimento para os clientes.
Seria um retrocesso tirar estes equipamentos - salientou.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de
Bancos), o Programa de Autorregulação Bancária estabelece que as agências devem
ter sanitários e bebedouros, sempre observadas as limitações de adaptação de
que são alvo os prédios tombados pelo Patrimônio Histórico.
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