Chrysler transfere sede mundial para Detroit
Norte-americana quer reforçar compromisso em reerguer a
indústria local.
Resultado positivo no 1º trimestre foi o melhor desde a quebra em 2009.
Poucos
dias depois de a Chrysler informar
seus melhores resultados trimestrais desde a falência de 2009, a montadora
norte-americana anunciou que vai transferir cerca de 70 funcionários de seu
centro de negócios para o histórico Edifício Dime, em Detroit, nos Estados
Unidos. A sede da Chrysler fica, atualmente, em Auburn Hills, município também
no estado de Michigan.
O edifício é um dos tesouros arquitetônicos de Detroit,
construído em 1912 para abrigar o Dime Savings Bank (Banco de Poupança Dime, em
inglês), seu primeiro inquilino, do qual voltou a herdar o nome em 2002 (ele
chegou a se chamar Commonwealth Building e Griswold Place). Agora, para receber
o mais novo inquilino, o prédio passará a se chamar “Chrysler House”.
A
mudança de diversos departamentos da administração corporativa da montadora – o
que inclui um escritório para o CEO da Chrysler e do Grupo Fiat, Sergio
Marchionne — para a cidade é simbólica. O grupo Fiat quer revitalizar a cidade,
bem abandonada, por sinal, após a crise avassaladora que afetou as montadoras
do país em 2008. Marchionne diz que, a exemplo da Chysler, Detroit irá
reerguer-se.
Além do prédio, o grupo vai investir US$ 3 milhões no projeto de
trem urbano conhecido como M-1 Rail, patrocinando umas das estações no percurso
de 3,3 km do centro de Detroit para o Novo Centro. Detroit é a principal cidade
do polo automobilístico de Michigan, o principal do país.
Outros investimentos também reforçam tal nacionalismo. A fábrica
da Jeep, localizada em Detroit já recebe o
segundo turno e, segundo Marchionne, até o final do ano trabalhará em três
turnos. A montadora também opera o complexo Mack Avenue Engine Complex em St.
Jean Street, e planeja produzir o Kubang, SUV da Maserati, em Jefferson North.
Enquanto isso, a Chrysler está reiniciando a produção do Dodge Viper na planta
de Conner Avenue.
Produção do Dart
Nesta semana, a Chrysler inicia a produção do novíssimo Dodge Dart, o primeiro modelo a chegar ao mercado projetado desde o início pela Chrysler em conjunto com designers e engenheiros da Fiat. O Dart está sendo produzido em Belvedere, Illinois.
Imagem da marca
Enriquecer as raízes, para o mercado norte-americano, é fortalecer a imagem da marca. Por isso, mesmo não fabricando todos os carros em Michigan, a Chrysler se preocupa tanto em reatar esse conceito que já é chamada de “a importadora de Detroit”. Mesmo assim, os locais reconhecem que hoje em dia as empresas norte-americanas não tem investido tanto quanto os italianos da Fiat na região.
Resultado acima do previsto
A Fiat teve lucro acima da previsão de analistas no primeiro trimestre, o melhor para a unidade norte-americana Chrysler desde a quebra em 2009, novamente compensando a queda nas vendas na Europa.
Sem o lucro da Chrysler, a Fiat teria apenas um equilíbrio
fiscal no trimestre por causa dos volumes em queda na Europa, ante o lucro de
251 milhões de euros (US$ 330,92) nos três primeiros meses de 2011.
Os resultados mostram duas diferentes realidades dentro da
Fiat-Chrysler. Quando a montadora italiana assumiu o controle da
norte-americana em 2009, analistas disseram que essa última seria um fardo, mas
acabou se tornando a principal fonte de recursos.
Apesar de a receita na Europa ter caído 13,1%, para 4,5 bilhões
de euros, a Fiat mantém os planos de negócios e as metas para 2012.
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