Queda da taxa de juros deixa poupança mais atraente
Além da poupança, existem
outros investimentos que pagam mais e com risco baixo. O Bom Dia Brasil
conversou com gente que passa o dia analisando as melhores opções e traz dicas.
Confira!
A
caderneta de poupança sempre foi o investimento favorito do brasileiro. Agora,
com a queda da taxa básica de juros, está ainda mais atraente. Mas será que é o
melhor investimento? Em São Paulo, o repórter Alan Severiano conversou com
especialistas.
A poupança é atraente, mas existem outros investimentos que
pagam mais e com risco baixo. O repórter Alan Severiano conversou com gente que
passa o dia analisando as melhores opções para fazer o dinheiro render e traz
as dicas para você.
Nem sempre sobra. Mas, quando sobra, onde você aplica o
dinheiro? A maioria das pessoas não pensa duas vezes e aplica na poupança.
O Brasil tem mais de R$ 430 bilhões na poupança, um hábito de
muitas gerações. A caderneta foi criada há 150 anos por Dom Pedro II. Está
livre de imposto de renda, de taxas de administração e até R$ 70 mil é
garantida pelo governo.
A aplicação na poupança é popular, mesmo não rendendo o que os
poupadores gostariam. “É um rendimento que a gente tem um retorno certo,
pequeno, mas certo”, afirma um poupador.
Ela rende 0,5% ao mês mais a TR. Ou seja, cerca de 7% ao ano.
Quem deposita R$ 1 mil na poupança. Um ano depois, tem R$ 70 a mais.
A poupança ficou um pouco mais atraente nos últimos meses por
causa da queda da taxa básica de juros, que reduziu a rentabilidade de outras
aplicações, como fundos de renda fixa e alguns títulos do governo. Mas será que
isso faz da poupança um bom investimento?
“Os fundos de renda fixa, fundos DI, pagam o IR, coisa que a
poupança não paga. Se a pessoa deixar por um período muito curto, esse IR pode
ficar caro”, explica o professor de finanças William Eid, da FGV.
Para o professor Fábio Kanczuk, da USP, mesmo quem não gosta de
correr riscos tem opções mais atraentes do que a poupança. A partir de R$ 100,
é possível comprar via internet títulos públicos pelo chamado tesouro direto.
Os atrelados à inflação têm retornos maiores.
“Vai ter um imposto e a taxa de administração, mas, mesmo
tirando isso, os juros do tesouro direto vão ser superiores aos da poupança”,
declara.
Quem quer ganhar mais tem de correr mais riscos. É o que o
publicitário Alexandre Rocha está fazendo. Ele reduziu o investimento em
poupança, tesouro direto e CDB. Agora, 60% do dinheiro estão na bolsa, sujeito
ao sobe e desce das ações.
“Exige uma certa atenção e uma certa paciência em querer
aprender um pouco sobre mercado financeiro e sobre os movimentos da economia.
Vai ter mais adrenalina, mas vai ser divertido também”, comenta.
Não são apenas os pequenos investidores que gostam da poupança.
O número de pessoas com mais de R$ 1 milhão nesse tipo de investimento cresceu
bastante nos últimos anos. Em 2006, eram cerca de 2,5 mil poupadores com essa
quantia. No ano passado, esse número saltou para mais de 7 mil.
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