Estresse na gravidez pode afetar formação do bebê, diz estudo
Nível de ferro, importante para o desenvolvimento dos
órgãos, diminui.
Pesquisa israelense foi feita com mulheres em zona de guerra.
O estresse durante os
primeiros meses de gravidez pode afetar o desenvolvimento do bebê. Uma pesquisa
apresentada neste domingo em um congresso das Sociedades Acadêmicas Pediátricas
mostra que os filhos de mães que se estressaram no primeiro trimestre de gestação
têm menor nível de ferro no sangue.
O ferro
é importante para o desenvolvimento de vários órgãos, principalmente do
cérebro. Problemas como a diabetes gestacional, o fumo durante a gravidez e o
nascimento prematuro estão entre as principais causas da baixa de ferro no
sangue dos bebês.
O acréscimo do estresse a esta lista foi sugerido por um estudo
israelense. A equipe de Rinat Armony-Sivan, da Faculdade Acadêmica de Ashkelon,
fez as medições com mulheres que passaram por uma situação de alto estresse.
Ashkelon fica perto da fronteira com a Faixa de Gaza, e as mulheres que
participaram da pesquisa viviam em uma área que sofreu mais de 600 ataques com
foguetes.
Os médicos excluíram todos os demais fatores que pudessem baixar
a quantidade de ferro no sangue e compararam estas mulheres a um grupo
controle. Os filhos destas 63 mães estressadas tinham menor quantidade de ferro
do que os outros 77 bebês que participaram da análise.
Os autores da pesquisa sugerem, então, que as mulheres controlem
o nível de estresse para evitar problemas aos bebês. Se isso não for possível,
é importante monitorar a saúde da criança com exames de sangue e, em caso de
deficiência de ferro, tratar o problema desde cedo.
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