Como é a morte
por veneno de baiacu?
Peixe produz neurotoxinas que levam a vítima a
uma morte rápida, mas que está muito longe de ser indolor.
Todos os anos, cerca de cinco pessoas morrem – e muitas outras são internadas – por causa do veneno de um dos peixes mais controversos da culinária mundial: o baiacu (ou Fugu, aquele mesmo que pode se inflar para espantar os inimigos). As mortes acontecem porque o peixe (considerado o segundo vertebrado mais venenoso do mundo) pode liberar Tetrodotoxina (uma neurotoxina 1.200 vezes mais mortal que o cianeto).
A substância não é fabricada pelos baiacus, mas por
bactérias que ficam alojadas nos peixes. E elas podem ser espalhadas por todo o
corpo do animal – desde as escamas até o fígado. O veneno encontrado em um
deles pode ser o suficiente para matar 30 pessoas. Mesmo com toda essa força, a
morte causada pela Tetrodotoxina não é indolor, apesar de ser rápida.
Nos primeiros instantes, lábios e dedos começam a
amortecer e apresentar espasmos (nesse ponto, ainda existe tempo de chegar ao
hospital para um internamento emergencial). Depois começa a fraqueza muscular e
surtos de diarreia e vômito até que os espasmos começam a ser percebidos também
nos pulmões. Muitas vítimas sofrem parada respiratória enquanto ainda estão
conscientes. A morte vem logo em seguida.
Há casos também de "zumbificação" das
vítimas. A Tetrodotoxina pode encontrar em sintonia com outras neurotoxinas e
fazer com que o corpo seja completamente paralisado, fazendo com que a pessoa
apenas pareça morta. Depois as funções cerebrais voluntárias são retiradas e a
pessoa torna-se um cadáver que pode se mexer, mas não sabe o que está fazendo.
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