Médico que ajudou a localizar Bin
Laden pode ser julgado por alta traição
Islamabad,
30 jan (EFE).- A comissão paquistanesa que investiga a morte de Osama bin Laden
em uma operação dos Estados Unidos pediu que o médico que colaborou com a CIA
(agência de inteligência americana) para localizar o líder da Al Qaeda seja
julgado por alta traição, informou a imprensa local.
A
chamada Comissão de Abbottabad, cidade ao norte de Islamabad onde se refugiava
Bin Laden, solicitou que se abra um processo judicial contra o médico Shakil
Afridi por trabalhar para a inteligência americana, segundo o jornal "The
News".
Afridi
organizou uma campanha de vacinas em Abbottabad para tentar obter mostras de
sangue de algum parente de Bin Laden, e verificar assim sua presença em um
sítio dessa localidade, infestada de instalações militares.
O
médico, com o qual os EUA expressaram preocupação, foi detido pelos serviços
secretos paquistaneses (ISI) poucas semanas depois da morte do líder da Al
Qaeda em uma operação especial dos EUA em maio do ano passado.
Fontes
do ISI confirmaram à Agência Efe no ano passado que o médico, contra o que
ainda não se apresentaram acusações em um tribunal civil, estava em mãos dos serviços
secretos, mas recusaram dar mais detalhes.
Até
agora não foi divulgado o que vai acontecer com o médico, embora fontes
oficiais anônimas paquistanesas o acusaram na imprensa de "alta
traição".
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