Médicos sugerem ultrassom como anticoncepcional masculino
Experimento
norte-americano reduziu número de espermatozoides em ratos.
Segurança e duração da técnica ainda são entraves para aplicação clínica.
Os aparelhos de
ultrassom podem servir como anticoncepcionais para homens, segundo um estudo
feito por cientistas norte-americanos da Faculdade de Medicina na Universidade
da Carolina do Norte.
Embora
a técnica ainda não exista para humanos, pelo menos em ratos ela já se mostrou
eficiente, de acordo com o trabalho coordenado pelo médico James Tsuruta e
publicado no revista norte-americana de livre acesso "Biologia Reprodutiva
e Endocrinologia".
A equipe já divulgou estudos anteriores a
possibilidade de usar utrassom como método contraceptivo.
Ao
passar um equipamento de ultrassom de alta frequência (com 3 MHz) ao redor dos
testículos dos ratos, a equipe conseguiu diminuir a produção das células
germinativas. Ratos conseguem manter a fertilidade mesmo com contagens baixas
de espermatozoides, mas essa redução em humanos poderia levar à infertilidade
em homens.
A
Organização Mundial da Saúde afirma que um sêmen com baixa concentração
(oligospermia) tem menos de 15 milhões de espermatozoides por mililitro. Quase
todos os homens saudáveis (95%) geram mais de 40 milhões de espermatozoides por
mililitro.
Os
melhores resultados foram obtidos com duas sessões de 15 minutos cada de
ultrassom, aplicadas de dois em dois dias. Uma solução salina foi usada para
conduzir as ondas ultrassônicas entre o aparelho e a pele dos ratos, que
tiveram seus testículos aquecidos a 37 graus Celsius.
A
equipe afirma que são necessários mais testes para determinar a duração do
efeito contraceptivo e, especialmente, se a técnica pode trazer mal à saúde
caso utilizada seguidas vezes em humanos.
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