Mais de 60% dos navios envolvidos
em tráfico ilegal são de países ricos
Copenhague,
30 jan (EFE).- Mais de 60% dos navios envolvidos em casos de tráfico de drogas,
armas e equipamentos militares são de propriedade de companhias com base em
países da União Europeia (UE), Otan e outros da Organização para a Cooperação e
o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A
informação é de um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto
Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri), que leva em conta
todos os casos de incidentes com navios de mais de 100 toneladas brutas
registrados nos últimos 20 anos.
A
Alemanha lidera a lista, com 19,5%, seguida pela Grécia (10,6%), Estados Unidos
(7,8%), Coreia do Norte (4,8%), Panamá (4,3%), Irã (3%), Noruega (2,4%), Rússia
(2,4%), Belize (1,9%), Holanda (1,9%), Dinamarca (1,7%) e Japão (1,7%).
"Isto
não significa que os donos dos navios, ou inclusive os capitães, saibam o que
levam. É relativamente fácil para os traficantes esconderem armas e drogas no
meio de cargas legais", informou um dos coautores do relatório, Hugh
Griffiths.
Entre
os métodos usados pelos traficantes estão esconder suas mercadorias em
containers fechados que levam produtos legais, enviá-las em navios estrangeiros
que atuam de forma legal, ou usar rotas que dificultem as operações de
vigilância, de acordo com o relatório.
Nos
casos em que os donos, operadores e capitães parecem estar envolvidos
diretamente na tentativa de contrabando, os navios costumam ser antigos e
navegam sob bandeiras de conveniência.
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