segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

RESULTADO DA POLUIÇÃO MUNDIAL


Meteorologistas explicam frio repentino em pleno verão de janeiro


Alguma coisa está fora da ordem. Em pleno verão, teve gente de casaco, tomando sopa durante o fim de semana. Frio em janeiro?


Na sexta-feira (27), São Paulo teve o dia mais frio do ano, com temperatura máxima de 16°C. Teve gente que reclamou e teve gente que correu para se esquentar com uma sopinha. Mas todo mundo perguntou: o que está acontecendo?
Os termômetros marcaram 16°C em pleno janeiro. Isso não tem cara de verão, mesmo na terra da garoa. “Chuva e frio. Não está verão”, comentou uma senhora. “Isso é uma loucura. Minha amiga disse que estava recebendo uma amiga do Rio hoje e que a pessoa ia fugir de São Paulo”, disse a securitária Angélica Amaral.
Fugir não precisa, mas tirar do armário roupa de frio – como casaco, cachecol e botas – é bom. “É roupa de inverno em verão. O janeiro está muito estranho”, reclamou uma jovem.
Os meteorologistas explicam essa maluquice no clima. “Esse mês de janeiro está sendo regido pelo fenômeno La Ninã. É um fenômeno global que resfria as águas do Oceano Pacífico e diminui a evaporação dessas águas e a circulação da atmosfera como um todo, global. Resfriando as águas, tem menos evaporação e a gente tem menos calor na atmosfera”, explica o meteorologista Thomaz Garcia.
Mas não é só o paulistano que tem notado mudanças no tempo. Choveu acima do normal em parte do Norte e do Nordeste; divisa de São Paulo com Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; e em algumas cidades do Sul do país. As temperaturas caíram mais do que a média no Sul, Centro-Oeste, parte do Sudeste e sudoeste da Bahia.
Verão ou inverno? Uma padaria em São Paulo serve sopa todas as noites. Normalmente nessa época o salão fica vazio, mas a desprestigiada sopa tem virado prato principal. A venda aumentou quatro vezes desde que o frio começou.
“É só chover um pouquinho ou a temperatura baixar um pouquinho, mesmo no verão, que o movimento aumenta. Sopa é algo tradicional em São Paulo”, diz o dono da padaria Ricardo Guedes.
De cem pratos de sopa por noite, agora são 400. Três deles foram devorados pela advogada Tânia Bachega. “Uma delícia. Mesmo sendo verão, quando cai a temperatura a gente corre para tomar uma sopa”, comenta.
A administradora de empresas Mariana Fernandes sempre vem tomar café, mas com o friozinho não resistiu. Nem ela, nem a pequena Carolina. “Ela adora uma sopa”, comenta.

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