Meteorologistas explicam frio repentino em pleno verão de
janeiro
Alguma coisa está fora da
ordem. Em pleno verão, teve gente de casaco, tomando sopa durante o fim de
semana. Frio em janeiro?
Na sexta-feira (27), São Paulo teve o dia mais frio do
ano, com temperatura máxima de 16°C. Teve gente que reclamou e teve gente que
correu para se esquentar com uma sopinha. Mas todo mundo perguntou: o que está
acontecendo?
Os
termômetros marcaram 16°C em pleno janeiro. Isso não tem cara de verão, mesmo
na terra da garoa. “Chuva e frio. Não está verão”, comentou uma senhora. “Isso
é uma loucura. Minha amiga disse que estava recebendo uma amiga do Rio hoje e
que a pessoa ia fugir de São Paulo”, disse a securitária Angélica Amaral.
Fugir
não precisa, mas tirar do armário roupa de frio – como casaco, cachecol e botas
– é bom. “É roupa de inverno em verão. O janeiro está muito estranho”, reclamou
uma jovem.
Os
meteorologistas explicam essa maluquice no clima. “Esse mês de janeiro está
sendo regido pelo fenômeno La Ninã. É um fenômeno global que resfria as águas
do Oceano Pacífico e diminui a evaporação dessas águas e a circulação da
atmosfera como um todo, global. Resfriando as águas, tem menos evaporação e a
gente tem menos calor na atmosfera”, explica o meteorologista Thomaz Garcia.
Mas
não é só o paulistano que tem notado mudanças no tempo. Choveu acima do normal
em parte do Norte e do Nordeste; divisa de São Paulo com Minas Gerais; Rio de
Janeiro; Espírito Santo; e em algumas cidades do Sul do país. As temperaturas
caíram mais do que a média no Sul, Centro-Oeste, parte do Sudeste e sudoeste da Bahia.
Verão
ou inverno? Uma padaria em São Paulo serve sopa todas as noites. Normalmente
nessa época o salão fica vazio, mas a desprestigiada sopa tem virado prato
principal. A venda aumentou quatro vezes desde que o frio começou.
“É
só chover um pouquinho ou a temperatura baixar um pouquinho, mesmo no verão,
que o movimento aumenta. Sopa é algo tradicional em São Paulo”, diz o dono da
padaria Ricardo Guedes.
De
cem pratos de sopa por noite, agora são 400. Três deles foram devorados pela
advogada Tânia Bachega. “Uma delícia. Mesmo sendo verão, quando cai a
temperatura a gente corre para tomar uma sopa”, comenta.
A
administradora de empresas Mariana Fernandes sempre vem tomar café, mas com o
friozinho não resistiu. Nem ela, nem a pequena Carolina. “Ela adora uma sopa”,
comenta.
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