segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

HIDRELÉTRICA BELO MONTE


Estudo sobre linha de Belo Monte fica pronto até março, diz EPE


RIO DE JANEIRO, 30 Jan (Reuters) - O estudo técnico sobre a linha de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte deve ficar pronto até o fim do primeiro trimestre e ser encaminhado em seguida ao Ministério de Minas e Energia para que seja preparado o leilão de concessão neste ano ou no começo de 2013.

"Até o fim desse trimestre o estudo já está no Ministério", disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, nesta segunda-feira, a jornalistas.
"Estão praticamente prontos os trabalhos.. Vamos encaminhar ao Ministério para ser feito o leilão, que será no fim do ano ou início do ano que vem", completou.
Tolmasquim disse que já está definido que a transmissão de Belo Monte terá uma linha em corrente alternada e outra em corrente contínua. A linha em corrente alternada vai destinar energia ao nordeste brasileiro e a de corrente contínua ao sudeste do país.
A usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), tem início da operação previsto para 2015 e é um dos maiores projetos hidrelétricos no mundo com cerca de 11 mil megawatts de potência. O projeto é alvo de críticas e polêmicas em razão de seu impacto ambiental na região norte do país e tem enfrentado acusações de ambientalistas e de parte da sociedade civil.

ATRASOS NA GERAÇÃO

O presidente da EPE cobrou da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que julga o atraso na entrega de obras e fornecimento de energia por parte do grupo Bertin, uma posição dura e inflexível, para que não se abra um precedente "perigoso" no país.
Diante da sobra de energia no país, algumas empresas do setor elétrico teriam se colocado à disposição do governo para "cobrir" o buraco deixado pelo Bertin.
"Não sou favorável a essa proposta. A sobra de energia se deve a questão conjuntural e o contrato é algo estrutural. Acho importante respeitar contratos. Se atrasou tem que penalizar o gerador", disse o presidente da EPE.
"Isso é um sinal importante e força que os geradores cumpram seus prazos. Hoje há sobra, mas pode um dia ter um aperto. A data de entrar não pode ser alterada e ao abrir exceções você fragiliza o modelo", finalizou.

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