Estudo sobre linha de Belo Monte fica pronto até março,
diz EPE
RIO DE JANEIRO, 30 Jan
(Reuters) - O estudo técnico sobre a linha de transmissão da usina hidrelétrica
de Belo Monte deve ficar pronto até o fim do primeiro trimestre e ser
encaminhado em seguida ao Ministério de Minas e Energia para que seja preparado
o leilão de concessão neste ano ou no começo de 2013.
"Até
o fim desse trimestre o estudo já está no Ministério", disse o presidente
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, nesta
segunda-feira, a jornalistas.
"Estão
praticamente prontos os trabalhos.. Vamos encaminhar ao Ministério para ser
feito o leilão, que será no fim do ano ou início do ano que vem",
completou.
Tolmasquim
disse que já está definido que a transmissão de Belo Monte terá uma linha em
corrente alternada e outra em corrente contínua. A linha em corrente alternada
vai destinar energia ao nordeste brasileiro e a de corrente contínua ao sudeste
do país.
A
usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), tem início da operação
previsto para 2015 e é um dos maiores projetos hidrelétricos no mundo com cerca
de 11 mil megawatts de potência. O projeto é alvo de críticas e polêmicas em
razão de seu impacto ambiental na região norte do país e tem enfrentado
acusações de ambientalistas e de parte da sociedade civil.
ATRASOS
NA GERAÇÃO
O
presidente da EPE cobrou da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que
julga o atraso na entrega de obras e fornecimento de energia por parte do grupo
Bertin, uma posição dura e inflexível, para que não se abra um precedente
"perigoso" no país.
Diante
da sobra de energia no país, algumas empresas do setor elétrico teriam se
colocado à disposição do governo para "cobrir" o buraco deixado pelo
Bertin.
"Não
sou favorável a essa proposta. A sobra de energia se deve a questão conjuntural
e o contrato é algo estrutural. Acho importante respeitar contratos. Se atrasou
tem que penalizar o gerador", disse o presidente da EPE.
"Isso
é um sinal importante e força que os geradores cumpram seus prazos. Hoje há
sobra, mas pode um dia ter um aperto. A data de entrar não pode ser alterada e
ao abrir exceções você fragiliza o modelo", finalizou.
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