Brasileiros fazem fortuna com
novas ideias na internet
Os brasileiros que fizeram
mais sucesso no exterior entre os nascidos nos anos 70 talvez tenham sido os
atletas Ronaldo Nazário, o Fenômeno, e Gustavo Kuerten. Eles ainda são de uma
época em que para ser jovem, famoso e rico era preciso ser ídolo em algum
esporte, integrar uma banda de rock ou atuar em novelas.
Tudo
mudou com a nova geração, nascida no final dos anos 80 e começo dos 90, que
praticamente se alfabetizou depois de a internet ter se popularizado. Entre
esses jovens, dois brasileiros fizeram uma fortuna que estaria nos sonhos até
mesmo de craques do Barcelona.
Eduardo Saverin foi um dos criadores do Facebook junto com Mark Zuckerberg
Eduardo Saverin foi o primeiro deles, ao transformar-se em
cofundador do Facebook. Segundo a revista Forbes, ele integra a lista dos
bilionários mundiais. Outro novo milionário do mundo digital é o brasileiro
Mark Krieger, que estampou as capas do New York Times e do Wall Street Journal
na semana passada, depois de vender o Instagram, um aplicativo de
compartilhamento de fotos no celular, justamente para a gigante rede social.
Por ter 10% da empresa, Krieger, criado num condomínio de
Alphaville, ou brasileiro "by birth", como ele se descreve no
Twitter, tem agora cerca de US$ 100 milhões entre dinheiro e ações do Facebook,
a nova proprietária do Instagram.
Mark Krieger, à direita, conversa com o CEO Kevin Systrom, à esquerda e com o engenheiro Shayne Sweeney
Em comum, os dois estudaram em algumas das universidades mais
renomadas do mundo. Saverin se graduou em Harvard, onde fundou o Facebook com
Mark Zuckerberg. Krieger é de Stanford, na na
Califórnia. Ele ainda vive no Vale do Silício, onde o cofundador do Facebook
também já viveu.
Muitos brasileiros dessa nova geração têm se mudado para os
Estados Unidos em busca do sonho de conseguir o mesmo sucesso de Saverin e de
Krieger. Como os dois, também ingressam em universidades de renome e acabam
indo para a Califórnia não para surfar ou ser artista de cinema, como os jovens
do passado, mas para tentar ser o próximo prodígio do mercado tecnológico, criando
um produto que encante o mundo.
No topo dessa lista está a brasileira Bel Pesce, que nasceu em uma
família de classe média de São Paulo e estudou no colégio Etapa. Foi aceita no
MIT e, de cara, precisou lidar com o seu primeiro problema: pagar a anuidade de
cerca de US$ 40 mil. Como seus pais não podiam ajudá-la, ela trabalhou em
empresas como Google, Microsoft e Deutsch Bank, além dos departamentos de
Matemática e Economia do MIT e no prestigioso Media Lab.
Hoje, Bel vive no Vale do Silício e comanda o Lemon, um aplicativo
para celulares que serve para organizar os gastos. "Observamos que os
smartphones mudaram o comportamento das pessoas de muitas maneiras", disse
Bel. Ela exemplifica: "Não há mais necessidade de carregarmos uma câmera,
mas, por outro lado, ainda carregamos carteiras cheias de recibos, cartões e
muito mais, por isso acreditamos que o celular poderá se transformar em uma
carteira inteligente, com muito mais recursos".
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