Londres proíbe anúncio que oferece 'cura para gays'
Autoridades afirmam que
campanha não refletia uma Londres 'tolerante e inclusiva'.
Anúncio de entidade de defesa dosdireitos gays...
As
autoridades de transporte de Londres proibiram
um anúncio veiculado nos ônibus da cidade que sugeria que gays poderiam ser
curados.
A campanha, uma paródia de uma iniciativa do grupo pró-gay
Stonewall ('Algumas pessoas são gays. Aceite isso'), afirma que terapias
poderiam mudar a orientação sexual.
Com o enunciado 'Não gay! Pós-gay, ex-gay e orgulhoso. Aceite
isso!', a campanha seria veiculada nos ônibus na próxima semana.
Mas a autoridade de transporte londrina, Transport for London
(TfL), baniu o anúncio após reclamações.
... e sua paródia
'Tolerante
e inclusiva'
A Core Issues Trust, grupo cristão que está por trás da campanha banida, afirmou que a decisão constitui censura. O TFL, no entanto, argumentou que os anúncios não refletiam uma Londres 'tolerante e inclusiva'.
'Os anúncios não estão nem estarão em qualquer dos ônibus da
cidade', disse um porta-voz da autoridade.
Desde abril, 1.000 ônibus londrinos exibem os anúncios
promovendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a campanha 'Algumas pessoas
são gays. Aceite isso'.
Já os pôsteres bancados pela entidade cristã Anglican Mainstream
e contratados junto às empresas de ônibus pelo grupo cristão Core Issues seriam
veiculados em cinco rotas centrais de ônibus, incluindo destinos altamente
turísticos e centrais como a Catedral de St Paul, Oxford Street, Trafalgar
Square e Piccadilly Circus.
'Canais corretos'
O porta-voz da Stonewall, Andy Wasley, ressaltou que
'não há anúncios promovendo vudu para curar gays em Londres', em uma crítica às
entidades cristãs.
O prefeito Boris Johnson afirmou: 'É
claramente ofensivo sugerir que ser gay é uma doença da qual as pessoas se
recuperam e não estou disposto a ver isso circulando nos ônibus da cidade'.
Já o codiretor da Core Issues Mike
Davidson afirmou não ter se dado conta de que a censura estava em vigor na
capital. 'Usamos todos os canais corretos e fomos aconselhados pelas empresas
de ônibus a seguir seus procedimentos. Eles nos deram OK e, agora, vetaram'.
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