Queda na exportação faz agricultores tentarem novos
mercados para a uva
Produção de variedade sem caroço atente a demanda do
mercado.
Produtores focam produção para o consumo nacional.
A queda
nas exportações de uva de mesa fez os agricultores do Vale do São Francisco
procurarem novos mercados. A solução estava mais perto do que eles imaginavam.
O agricultor Vilmar Cappellaro chegou ao Vale do São Francisco
há 31 anos. No começo, tinha apenas um hectare, agora são 70. Para atender os
clientes, ele produz os dois tipos da fruta com e sem sementes. “Tem uma fruta
nobre, que tem suas características. É a rainha das frutas, como nós falamos”.
Em 2002, o grupo começou a investir em exportações, mas com as
condições desfavoráveis do mercado internacional, diminuíram o envio de frutas
para fora do país.
Por causa da desvalorização do dólar nos últimos quatro anos, o
fruticultor reduziu 95% das exportações. Agora, ele está de olho no mercado interno.
“Ela tem entrado muito na mesa dos brasileiros. A nossa intenção, o nosso
objetivo, é trabalhar com toda a nossa fruta no mercado inteiro”.
De acordo com Artur de Souza, vice presidente da Valexport,
associação dos produtores e exportadores do vale do São Francisco, a
desistência de empresários no ramo de exportações vem acontecendo com
frequência. “Hoje, 50% dos produtores deixaram a atividade ou mudaram para
outras culturas. A uva passa por grande dificuldade. Os que estão sobrevivendo
são aqueles que saíram de uma produtividade de 25 toneladas por hectare e
passaram para 35, chegando até a 40 toneladas por hectare”.
Newton Matsumoto que é consultor em viticultura de mesa, diz que
o custo de produção é um dos grandes problemas enfrentados pelos empresários do
vale. “O custo de produção de uva é muito caro, então isso faz com que perdemos
competitividade, principalmente no mercado externo. Porque o dólar é baixo e
isso favorece a entrada de frutas de outros países”.
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