Peixes ornamentais são boa fonte de renda para criadores de MG
Com um
investimento de R$ 10 mil, eles conseguem iniciar a produção.
A espécie beta é uma das mais vendidas.
A espécie beta é uma das mais vendidas.
O
criador Jardel Nascimento tem uma área de dois hectares utilizados para a
criação de peixes ornamentais, em Barão do Monte Alto, na Zona da Mata mineira.
O ex-mecânico de motocicletas viu no peixe beta uma opção
rentável para cuidar da família. São cerca de 120 tanques de cultivo, que
produzem 500 peixes por semana. Cada unidade do macho é vendida por R$ 1,
enquanto o preço das fêmeas não passa de R$ 0,20.
Os principais mercados são Rio de Janeiro, Espírito Santo e São
Paulo. O tamanho padrão do beta para comércio varia de oito a dez centímetros.
Quanto mais aberta for a cauda, melhor é o peixe.
O meio ambiente é outra preocupação do criador. Ele usa garrafas
pet para colocar cada um dos peixes. O litro é furado na parte de baixo e são
feitos furos para a entrada da água. Tecnologia que dá resultado. “A gente
compra essas garrafas pet e está utilizando elas na piscicultura para
melhoramento. Elas ajudam o beta a não estragar a cauda e também ajudamos o
meio ambiente”.
Segundo o extensionista agropecuário da Emater, Cristiano Silva,
o município comercializa um milhão de peixes Beta por ano. Uma receita de R$
750 mil reais. Os 30 produtores locais são da agricultura familiar. Com pouco
espaço, dedicação e tecnologia, é possível transformar a atividade na principal
fonte de renda. “Esses agricultores familiares, que trabalham com esposa e
filhos, eles obtiveram nessa atividade uma condição melhor de vida. Eles
investem e tem o retorno garantido”.
Outro município que despertou a vocação para os peixes
ornamentais é Patrocínio do Muriaé, também na Zona da Mata de MG. Um
levantamento da Emater apontou que são produzidos dois milhões de peixes Betas
por ano. De acordo com o extensionista agropecuário, Maurílio Oliveira, o beta
gosta de calor e de pouca água.
A adaptação ao clima da cidade foi essencial para o sucesso da
atividade que reúne atualmente 80 produtores. Trocar a água nos tanques de 15
em 15 dias é um dos princípios para a produtividade. “A qualidade da água é
fundamental para a vida desse peixe. Aqui a gente utiliza um sistema de, a cada
15, 20 dias, a gente faz um processo de limpeza do tanque e prepara-se a água,
para produzir micro-organismos que vão servir de alimento para esse peixe”.
Ronaldo Vilela cria peixes Betas há nove anos e tem cerca de 200
tanques de cultivo. Gasta semanalmente um saco de ração que custa R$ 60. Cada
unidade sai em média a R$ 1. Por semana, são vendidos de dois a três mil peixes
para todo o Brasil, principalmente, São Paulo. “Dá para todo mundo ganhar um
dinheirinho e manejar bem a propriedade”.
O ciclo de reprodução do beta é de quatro a cinco meses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário