Custo do envelhecimento cresce
mais rápido que o esperado - FMI
WASHINGTON, 11 Abr (Reuters) - As pessoas estão vivendo, em média,
três anos mais, elevando os gastos com envelhecimento em 50 por cento, com
governos e fundos de pensão mal preparados para lidar com essa situação,
afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O custo do envelhecimento está começando a restringir o orçamento
de governos, particularmente em economias avançadas, onde, em 2050, o número de
idosos poderá coincidir com o de trabalhadores na ativa, em uma proporção de
quase um por um, afirmou o FMI em estudo que será divulgado na íntegra na
próxima semana, junto com o World Economic Outlook, relatório do órgão com
perspectivas sobre a economia global.
O estudo mostra ainda que o problema é global e que a longevidade
oferece desafios maiores que o imaginado.
"Se todos em 2050 tiverem vivido apenas três anos a mais do
que o esperado agora, em linha com a subestimação da longevidade no passado, a
sociedade demandaria recursos extras equivalentes a 1 ou 2 por cento do Produto
Interno Bruto (PIB) por ano", afirmou.
No caso de planos de previdência privada nos Estados Unidos, três
anos extras de vida acrescentariam 9 por cento aos passivos, completou o FMI,
advertindo governos e iniciativa privada a se preparar agora para esse aumento.
As estimativas não cobrem gastos com saúde, que também aumentam
com o passar da idade.
Os passos que os governos podem adotar para lidar com a
possibilidade de as pessoas viverem mais, segundo o FMI, são elevar a idade
para aposentadoria, aumentar impostos para financiar fundos públicos de pensão
e reduzir os benefícios -passos estes que a maioria dos países com economias
mais avançadas já estão considerando.
Os governos também poderiam ajudar o setor privado, ao educar
melhor os cidadãos sobre como se preparar para suas aposentadorias, entre
outros fatores.
"Embora o risco de longevidade seja uma questão de combustão
lenta, eleva a vulnerabilidade dos setores público e privado a vários outros
choques", avaliou o FMI no estudo.
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