Escolas fazem o último ensaio técnico antes do carnaval no Rio
Novo sambódromo
tem 12.500 novos lugares, no Centro do Rio.
Portela, Imperatriz e Beija-Flor desfilaram pela Sapucaí no fim de semana.
Portela, Imperatriz e Beija-Flor desfilaram pela Sapucaí no fim de semana.
Foram
inauguradas no fim de semana as novas arquibancadas do Sambódromo, que passa a
ter 12.500 novos lugares. O fim de semana também foi de ensaio técnico, o
último antes do carnaval no Rio. Três escolas passaram pela Marquês de Sapucaí:
Portela, Imperatriz e Beija-Flor.
Portela
Quando a Portela entrou na Avenida, nem quem ainda trabalhava na Sapucaí resistiu. Com o samba na ponta de língua, ensaiar é quase como desfilar. No carnaval, a referência que se faz é para outra autoridade.
Para falar sobre a fé popular da Bahia, a Portela mostra que, no
enredo, também cabe a beleza da baiana.
Imperatriz
E a Bahia entrou uma segunda vez na avenida com a Imperatriz, que homenageia o centenário de Jorge Amado. A neta e a filha do escritor estavam à vontade. Nem pareciam convidadas de tão integradas com a escola, que vai falar da vida de Jorge Amado, dos grandes romances e do candomblé.
Luiza Brunet parecia estreante. Apesar dos 17 anos à frente da
bateria da Imperatriz.
Beija-Flor e reinauguração do Sambódromo
Depois de seis meses de reformas, o Sambódromo foi reinauguradono domingo (13). Quatro novos conjuntos de arquibancadas, frisas e camarotes aumentaram a capacidade de público, que passou de 60 mil para 72.500 lugares.
“Ficou mais amplo, ficou mais claro, tem mais lugares. Está
muito melhor”, disse a assistente financeira Helena Amaral.
“Tem uma visão muito bacana daqui, dá pra ver a Sapucaí
inteira”, disse outra visitante do sambódromo.
A reforma tirou do papel o projeto original de Oscar Niemeyer,
que fez questão de participar da cerimônia, além do prefeito Eduardo Paes e do
presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Lusman. No dia da
inauguração, ainda havia operários trabalhando.
“Alguém se mudou para casa sem ter uma torneirinha para ajeitar?
Deve ter um o outro problema aí, mas em fim, está pronto. Claro que a parte de
camarote essa semana vai ter muito trabalho ainda, montar frisa. Tem muita
coisa para fazer, mas a obra está pronta”, disse o prefeito Eduardo Paes.
“Muda. Para melhor. É sempre muito bom. Mais público, mais
turistas, o público vai chegar mais pertinho de nós. E aumenta a responsabilidade,
dançar para um lado, dançar para o outro. Mas que honra! Eu estou muito
emocionada e muito feliz”, disse Selminha Sorriso, porta-bandeira da
Beija-Flor.
No início da noite, as baianas fizeram a tradicional lavagem da
Marquês de Sapucaí debaixo de chuva.
A Beija-Flor, campeã do ano passado, foi a primeiro escola a ter
a honra de passar pelo Sambódromo renovado. Era o último teste de som e luz e o
público não decepcionou. A escola mostrou coreografias com realismo. A ala de
mortos-vivos, por exemplo, ensaiou no cemitério.
O enredo sobre São Luiz do Maranhão não esqueceu o papel dos
escravos. E para um toque regional, o pandeirão vem à frente da bateria.
A temporada de ensaios técnicos ficou para trás. Agora, passar
pela Avenida, só se for para valer.
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