Taxa de câmbio ditará comércio de etanol brasileiro, diz
Cargill
A taxa de câmbio do
Brasil em relação ao dólar será um importante direcionador das vendas do etanol
brasileiro, afirmou neste domingo Paul Conway, vice-presidente da Cargill.
"Muito
disso (competitividade) está atrelado à taxa de câmbio", afirmou Conway
durante uma sessão de perguntas e respostas na conferência de açúcar Kingsman
Dubai, que vai até o dia 7 de fevereiro.
O
Brasil, maior produtor mundial de açúcar, tem uma indústria de etanol bem
desenvolvida e usa cana de açúcar como matéria-prima. O etanol norte-americano
geralmente usa milho.
"Com
uma taxa de câmbio que varia de 1,65 reais a 1,90 reais o dólar, o etanol
norte-americano é importado para o Brasil", disse Conway. "Se o real
for a 2,20 reais em relação ao dólar, seria uma história diferente",
acrescentou, sugerindo que o Brasil exportaria mais etanol com essa taxa de
câmbio.
EXCEDENTE
EM QUEDA
O
gerente geral da Cargill para o açúcar branco, Bas van Goor, afirmou neste
domingo que o excedente mundial de açúcar deve diminuir no biênio 2012/2013.
"É
o cenário mais provável", afirmou ele à Reuters durante a conferência
Kingsman Dubai, embora não tenha dado números.
O
excedente mundial de açúcar deve cair a mais da metade durante a próxima
temporada, e os preços tendem a ceder no fim do ano, de acordo com pesquisa da
Reuters feita com 17 analistas e emitida em 23 de janeiro.
De
acordo com a mediana de previsões da pesquisa, o excedente ficará em 7,97
milhões de toneladas em 2011/2012, mas cairá para 3,2 milhões na temporada
seguinte.
A
questão primordial para o comércio mundial de açúcar em 2012 será se a produção
de cana no Brasil conseguirá se recuperar, além de quando e quanto da cana
brasileira será destinada à produção de etanol, em vez de açúcar. Também deverá
influenciar o perfil de exportações da segunda maior produtora do mundo, a
Índia.
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