Células-tronco cardíacas do próprio paciente reparam dano no coração
Técnica recupera
tecidos mortos em infarto.
Cirurgia é menos invasiva e reduz cicatriz no coração do paciente.
Cirurgia é menos invasiva e reduz cicatriz no coração do paciente.
O uso de células-tronco
tiradas dos próprios pacientes está se concretizando como uma forma de
tratamento para vítimas de infarto. Resultados positivos do uso da técnica em
pacientes foram publicados nesta segunda-feira (13) por um estudo da revista
médica “The Lancet”.
Nos
últimos anos, os cientistas têm criado novas formas de obter tecido cardíaco a
partir de células-tronco, tendo em vista a recuperação de pacientes infartados.
Nessa pesquisa, foram usadas células cardíacas obtidas a partir
do próprio coração do paciente. Cada um recebeu entre 12 milhões e 25 milhões
dessas células em uma cirurgia minimamente invasiva.
O estudo acompanhou 25 pacientes em recuperação de infarto, com
idade média de 53 anos, no Instituto do Coração Cedars-Sinai, em Los Angeles, e
no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, ambos nos EUA. Desses, 17 receberam a
terapia com células-tronco e os outros oito foram tratados da forma
tradicional.
A principal vantagem em relação à terapia tradicional foi a
redução do tamanho da cicatriz no coração – em 50%. Percentualmente, os
pacientes que usaram as células-tronco tiveram mais complicações, mas os
médicos disseram que em apenas um dos casos o problema estava possivelmente
relacionado ao tratamento.
“Essa descoberta contesta a sabedoria comum de que, uma vez
estabelecida, a cicatriz cardíaca é permanente e que, uma vez perdido, o
músculo cardíaco não pode ser refeito”, afirmou o estudo liderado por Eduardo
Marbán, Instituto do Coração Cedars-Sinai.
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