Embrapa incentiva plantio do feijão de variedades mais
produtivas
Empresa retirou a taxa que
ganhava pela pesquisa das sementes.
Royalties de 5% era cobrado nas variedades vendidas.
A
unidade da Embrapa que fica em Santo Antônio de Goiás, a 33
quilômetros de Goiânia, tem mais de 100 pesquisadores e analistas e há 38 anos
trabalha para descobrir variedades de feijão mais produtivas, resistentes à
pragas e doenças e recentemente, transgênicas.
Para ser considerada variedade com boa germinação, a semente
precisa atingir índice acima de 80%. O feijão que passa no teste ainda vai para
o plantio nos ensaios na própria Embrapa antes de ir para os campos de
multiplicação.
O pesquisadores da Embrapa calculam que pelo simples fato de
troca da semente, o produtor pode chegar a colher o dobro. Enquanto a média
nacional é de 1.285 quilos por hectare, já tem gente colhendo acima de 3 mil
quilos por hectare.
Para incentivar o uso de sementes selecionadas, a Embrapa
resolveu retirar o royalty de 5% que cobrava nas variedades que vende. Com a
mudança, agora, os agricultores que fazem contratos para multiplicar as
sementes estão economizando em torno de R$ 500 por hectare.
Em Paraúna, oeste de Goiás, município com tradição em produzir
feijão irrigado, há 2.500 hectares
de lavoura.
de lavoura.
Celismar Martins Feitosa conta que é produtor de feijão há 10
anos e de quatro anos para cá, começou a usar sementes selecionadas. Os
resultados impressionam. "A mudança foi bastante significativa. Nós
produzimos 40 sacas por hectare, hoje estamos em 60/65 e buscamos produzir 80
sacas por hectare. A semente é o ponto inicial e mais importante".
Em Goiás, os produtores estão vendendo a saca de feijão carioca
por R$ 200.
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