4 coisas que
acontecem todos os dias, mas você não sabe explicar como
Por que a vela de aniversário
reacende sozinha? Como o óleo e a água da maionese não se separam? Saiba a
resposta para essas e outras curiosidades.
Muitas vezes, estamos tão absortos em nossas atividades que nem percebemos a ciência por trás delas. Quantos já pensaram, por exemplo, no que é que mantém a água e óleo unidos em uma maionese? Ou, então, por que cargas d’água aquela vela de aniversário não para de reacender após ser assoprada?
Mas agora chegou a hora de acabar
com essas dúvidas e, de quebra, absorver um pouco mais de conhecimento geral.
O segredo de uma boa maionese
Todo mundo sabe que água e óleo não se misturam. Por isso é comum,
em algumas cidades, chamarem uma pessoa muito reservada ou isolada de
“azeitão”. Porém, existe um molho espesso e cremoso capaz de manter essas duas
substâncias unidas: a maionese.
A receita é popular e pode ser
encontrada facilmente, basta uma rápida olhada nos ingredientes para estranhar
o fato de que o vinagre (ou suco de limão) não se separa do óleo. Além disso,
existe uma porcentagem muito alta de água no ovo e, se ele também faz parte da
receita, como pode formar uma mistura homogênea junto com o óleo?
Como explicado em uma série especial publicada pela
revista Scientific American, o segredo da maionese está na gema do ovo e se
chama lecitina, que serve como emulsificante da mistura. A molécula da lecitina
possui duas extremidades: uma hidrofóbica, que repele a água, e outra
hidrofílica, que a atrai. Dessa forma, a lecitina serve como uma espécie de
ponte entre as minúsculas gotículas de água e de óleo, mantendo-as unidas e
formando, assim, uma mistura homogênea.
A misteriosa vela mágica
Ela costuma roubar a cena na hora de cantar o “Parabéns”: depois de assoprada pelo aniversariante, a vela mágica volta a acender sozinha, exigindo que seja apagada novamente. A ação se repete por diversas vezes até que alguém resolva, de uma vez por todas, dar um fim para a brincadeira.
O funcionamento dessas velas pode
servir como um ótimo pretexto para uma aula de química. Como publicado na revista
“Ciência Hoje das Crianças”, são necessários três componentes para que um
objeto queime: oxigênio, combustível e energia. No caso de uma queimada, por
exemplo, o combustível é a árvore ou o mato que pega fogo, o oxigênio está
presente no ar e a energia é o que causa a queimada em si, como a chama de um
cigarro jogado por alguém na beira de uma rodovia.
O mesmo modelo pode ser aplicado
à vela comum. Ao pegar fogo, o pavio de algodão faz com que a cera da vela
derreta, gerando o vapor que é usado nesse sistema como combustível. Ou seja, o
que mantém a vela acesa não é a cera em estado sólido ou líquido, mas gasoso.
Assim, o pavio absorve o vapor da cera e não deixa a vela se apagar até que o
combustível acabe ou alguém assopre a chama.
No caso da vela mágica, o pavio
também contém magnésio, um metal que entra em combustão a temperaturas muito
baixas. Portanto, mesmo depois de ter assoprado a vela, o pavio ainda está um
pouco quente, guardando energia suficiente para que o magnésio se inflame. Com
isso, o vapor de cera que restou no pavio volta a se acender, proporcionando
risadas e testando o fôlego do aniversariante.
Por que o queijo suíço tem buracos?
Quem costumava assistir a “Tom & Jerry” quando
criança pode ter ficado com a impressão de que o camundongo era o responsável
pelos inúmeros furos das fatias de queijo que eventualmente apareciam no
desenho. Entretanto, esses furos são causados durante o processo de fabricação
desse alimento.
De acordo com o Huffington Post, os buracos são
causados por bactérias usadas no processo de envelhecimento do queijo suíço,
mais formalmente conhecido como Emmentaler. Para produzir esse tipo de queijo,
são misturadas culturas de S. thermophilus, Lactobacillus e P. Shermani ao
leite da vaca. Essas bactérias produzem a coalhada, que é prensada e embebida
em salmoura dentro das formas de queijo. Depois, esses queijos são armazenados
a uma temperatura de 22 a 26 ºC, dando início à fase do envelhecimento. É
durante essa etapa que a mágica acontece.
Quando a bactéria P. shermani consome ácido lático, ela libera
dióxido de carbono. O gás acaba se acumulando em forma de bolhas, gerando
pequenos bolsões de ar dentro da peça, que resultam mais tarde nos famosos
buracos do queijo suíço. Os fabricantes chamam esses buracos de “olhos” e, por
incrível que pareça, são capazes de controlar o tamanho das “bolhas” ao alterar
a acidez, temperatura ou tempo de envelhecimento do queijo.
Esse controle é muito importante.
De acordo com o site Mental Floss,
a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA definiu que, dentro dos
EUA, o queijo suíço deve ter buracos que vão de 9,5 a 20,6 mm. A razão? As
máquinas fatiadoras de queijo mais atuais estavam tendo problemas para cortar
peças com buracos maiores do que isso.
Como são produzidas as listras vermelhas do creme dental?
Pela manhã, no banheiro, a pessoa sonolenta
pressiona o tubo de pasta de dente sobre as cerdas da escova e, quase que
instantaneamente, o creme branco com pequenas listras vermelhas começa a sair
ao mesmo tempo que um bocejo se form... Espere! Como essas listras vermelhas
foram colocadas tão perfeitamente dentro do tubo?
Por incrível que pareça, o creme dental com listras
é uma ideia patenteada nos Estados Unidos. O autor do “invento” é Leonard
Lawrence Marraffino, que registrou a inovação estética em 1955 e,
logo depois, vendeu-a para a Unilever.
O funcionamento é muito simples. A parte principal
da pasta de dente, que normalmente é branca, está posicionada na parte final do
tubo e ocupa a maior parte dele. Porém, próximo ao bico está localizado o
material vermelho, responsável pelas listras. O que cria aquele efeito visual
bacana é o fato de que os dois componentes do creme dental saem por cavidades
diferentes: o branco é expelido por um canal central, enquanto que o vermelho
sai por quatro cavidades menores, posicionadas na lateral desse canal.
Assim, cada vez que alguém aperta o tubo de pasta
de dente, a pressão dos dedos empurra a porção branca que, por sua vez, empurra
a parte vermelha. Algumas variações desse modelo também foram patenteadas,
permitindo, por exemplo, que o creme saia do tubo com listras de duas cores.
Engenhoso, não?
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