Bahia: pior seca em 47 anos tem 228 cidades em situação de emergência
Em Pernambuco, são
56 municípios em situação de emergência e no Piauí, 102. As perdas nas lavouras
de milho e feijão chegam a 95%. Uma cidade do interior da Bahia está há dois
anos sem chuva.
Uma cidade do interior da Bahia está há dois anos sem
chuva. O estado e o nordeste do país vivem uma das piores secas dos últimos
tempos. A estiagem destruiu muitas plantações. O que vingou é pouco ou não
serve para o consumo. Por isso, o preço dos alimentos está disparando. Até as
tradicionais festas de São João estão ameaçadas.
É preciso
uma longa e sofrida caminhada pela caatinga para buscar água salobra em uma
nascente. Na região da zona rural de Juazeiro, no sertão da Bahia, essa é a
única maneira de não pagar pelo abastecimento em povoados vizinhos. “Quem
quiser água melhor tem que buscar na goiabeira pagando carro, todos os dias”,
revela a dona de casa Fabiana Ferreira.
A água também fez falta nas plantações de melão. “Nós perdemos tudo, completo. Fizemos só gastar e pronto”, diz o agricultor Hélio Conceição. “Eu estou com 67 anos. Cresci aqui e nunca vi uma seca como essa”, declara o agricultor Inácio dos Santos.
A pior seca dos últimos 47 anos na Bahia atinge praticamente todo o estado. Os prejuízos na agricultura ainda não foram calculados. Ao todo, 228 municípios estão em situação de emergência. Outros estados também são castigados.
A água também fez falta nas plantações de melão. “Nós perdemos tudo, completo. Fizemos só gastar e pronto”, diz o agricultor Hélio Conceição. “Eu estou com 67 anos. Cresci aqui e nunca vi uma seca como essa”, declara o agricultor Inácio dos Santos.
A pior seca dos últimos 47 anos na Bahia atinge praticamente todo o estado. Os prejuízos na agricultura ainda não foram calculados. Ao todo, 228 municípios estão em situação de emergência. Outros estados também são castigados.
Em
Pernambuco, são 56 municípios em situação de emergência e no Piauí, 102. As
perdas nas lavouras de milho e feijão chegam a 95%.
Quem está a quilômetros de distância das regiões atingidas também sente os efeitos da estiagem no bolso. Em Salvador, os preços da farinha de mandioca, do milho e, principalmente, do feijão - todos produzidos no interior do estado - dispararam de um mês para cá por causa da escassez.
Quem está a quilômetros de distância das regiões atingidas também sente os efeitos da estiagem no bolso. Em Salvador, os preços da farinha de mandioca, do milho e, principalmente, do feijão - todos produzidos no interior do estado - dispararam de um mês para cá por causa da escassez.
O feijão
mulatinho, um dos mais procurados nas feiras livres, bateu recorde de aumento.
O quilo está custando R$ 10, o dobro do que o consumidor pagava até março.
“Temos que alimentar. Não pode ficar sem o feijão. Você tem que pagar pelo
preço”, critica o motorista Dermeval Silva.
O turismo também vai pagar o preço alto. Na Bahia, cinco cidades já confirmaram o cancelamento das tradicionais festas de São João, e outras sete anunciaram que vão reduzir a duração dos festejos.
O turismo também vai pagar o preço alto. Na Bahia, cinco cidades já confirmaram o cancelamento das tradicionais festas de São João, e outras sete anunciaram que vão reduzir a duração dos festejos.
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