Governo do RS e União vão liberar trigo para
alimentação de animais
Medida foi anunciada nesta quarta-feira durante reunião do CDES.
Produtores, no entanto, querem medidas permanentes de combate à seca.
Produtores, no entanto, querem medidas permanentes de combate à seca.
O Governo do Rio Grande do Sul e a União vão liberar
trigo para a alimentação de animais em propriedades afetadas pela estiagem. Os
pequenos produtores rurais, no entanto, querem medidas de longo prazo para
combater a seca que atinge o estado desde novembro de 2011.
A doação foi anunciada nesta
quarta-feira (8) durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e
Social (CDES) do Governo gaúcho. “Nós esperamos até sexta-feira liberar as
primeiras 14 mil toneladas para que os agricultores familiares acessem para a
alimentação do gado”, disse Mari Perusso, coordenadora da Sala de Situação do
Governo sobre estiagem.
Para os representantes dos
agricultores que participaram da reunião, no entanto, as medidas tomadas até
agora para enfrentar a seca ainda são insuficientes. Eles entregaram ao Governo
a proposta de um programa de armazenamento de água. “(A proposta) prevê
estruturas de cisternas e micro açudes. Nós precisamos de uma política que
ataque as causas e não apenas as consequências”, diz Airton Hochscheid,
presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).
Com a seca, os produtores de leite
da região de Erechim, no Alto Uruguai, dizem ter prejuízos de R$ 800 mil por
mês. Para não perder ainda mais, alguns pecuaristas compraram ração e insumos,
que subiram 20%. “Por isso que a produção caiu menos do que o esperado, porém o
custo do produtor de leite aumentou bastante”, diz o presidente da Cooperativa
de Produtores Rurais, Edson Luis Sirena.
A chuva dos últimos dias trouxe novas mudas que renovam
o pasto em Bagé, na região da Campanha. Entre os arrozeiros, que perderam cerca
de 12% das lavouras, a expectativa é grande. “Aquela parte que estava sendo
abandonada, nós vamos retomar a atividade e colocar água nela novamente e
salvar o que poderia ser perdido”, conta Ricardo Zago, presidente da Associação
dos Arrozeiros de Bagé.
Na mesma região, a água também
renovou as esperanças dos produtores de soja. Segundo o produtor rural João
Augusto Rubin, é a oportunidade de amenizar as perdas de 20% já registradas com
a lavoura. “Está terminando a floração e começando a colocar as vagens. Se der
mais uma chuva, enche o grão e a gente consegue ter uma produtividade boa”,
garante.
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