Policiais do Rio declaram greve, mas Comando da PM
nega paralisação
Rio de Janeiro, 10 fev
(EFE).- Os policiais e bombeiros do estado do Rio de Janeiro decretaram greve
na noite de quinta-feira, a apenas uma semana para o início do carnaval, mas o
Comando da Polícia Militar afirma que todas as unidades estão em pleno funcionamento.
A greve
foi decretada apesar do aumento salarial aprovado pelo Governo do Estado, que
foi considerado insuficiente. Com esta declaração, o Rio de Janeiro seguiria os
passos da Bahia, onde há 11 dias os policiais estão sem trabalhar reivindicando
melhoras salariais.
Além de um melhor salário, os policiais e bombeiros do Rio exigem
a libertação de um de seus líderes, o cabo Benevenuto Daciolo, que foi detido
na quinta-feira ao retornar de Salvador, onde prestava apoio aos grevistas da
Bahia.
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou com antecipação um
reajuste salarial de 39% para os policiais e bombeiros que estava previsto para
outubro de 2013. Apesar disso, os policiais se decidiram pela greve e culparam
o governador Sérgio Cabral pela decisão.
O diretor jurídico do Sindicato de Policiais Civis, Francisco
Chao, afirmou que a greve será pacífica e que não será permitido que os agentes
cometam atos de vandalismo. A Polícia Civil e Militar e os Bombeiros do Rio de
Janeiro somam cerca de 70 mil homens.
Entretanto, o Comando da Polícia militar divulgou em nota que na
madrugada de sexta-feira todas as unidades estavam em pleno funcionamento e que
não havia paralisação de nenhum tipo de serviço ao cidadão.
O Rio de Janeiro se prepara para o carnaval, que começará na
próxima sexta-feira e atrai milhares de turistas do Brasil e do exterior. O
secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou na
quinta-feira que está garantida a segurança do carnaval carioca.
"Nosso foco é o interesse público e a manutenção da paz no
estado do Rio de Janeiro", disse Beltrame, que afirmou confiar que o
"bom senso" dos policiais não permitirá atos de vandalismo como os
registrados na Bahia.
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