Maio pode ser marcado por greves, avisam sindicalistas
O mês
de maio deve ser marcado por mobilizações intensas de categorias como os
trabalhadores da construção civil e dos transportes do Estado de São Paulo. Com
data-base no dia 1.º, as negociações com os representantes patronais não
avançaram e os sindicalistas já falam em paralisações.
"Tivemos uma ou duas reuniões por semana desde o começo de
março e ainda não conseguimos avançar na pauta de reivindicações",
queixa-se Antônio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
da Construção Civil de São Paulo (Sintracon). "Estamos mobilizados para
uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 7", avisa ele.
Na campanha dos operários da construção civil estão juntos os
sindicatos de várias centrais sindicais como Força Sindical, Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CGTB). Juntas, elas representam mais de 1 milhão de trabalhadores. Só na base
do Sintracon, ligado à Força Sindical, são 370 mil operários.
A categoria reivindica aumento real de 5%, além da reposição da
inflação acumulada nos últimos 12 meses. O sindicato patronal não apresentou
contraproposta, informa Ramalho. "Mesmo assim, temos esperança de que haja
um entendimento, porque uma greve geral desgasta todo mundo, principalmente
quem comprou imóveis na planta", diz o sindicalista.
Segundo ele, as construtoras têm atrasado, em média, em nove
meses a entrega das chaves dos apartamentos por falta de mão de obra. Mais do
que isso, ele afirma que os consumidores reclamam muito do acabamento dos
imóveis. Na falta de mão de obra, tem se trabalhado em regime de empreitada. As
informações são do jornal O Estado de São Paulo .
Nenhum comentário:
Postar um comentário